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Izar e Maeli se recusam a receber convocação
da Reportagem Local
Funcionários do gabinete do vereador José Izar (PFL) e a vereadora Maeli Vergniano (sem partido)
se recusaram ontem à noite a receber ofício da CPI da máfia da propina com a convocação para prestar depoimento à comissão no próximo sábado.
A tentativa de convocar os dois
vereadores foi feita pessoalmente
pelo relator da CPI, vereador Milton Leite (PMDB). Ele disse que
Maeli garantiu que prestará depoimento à comissão, apesar de ter se
recusado a receber a convocação.
Izar foi chamado a depor porque
é acusado de usar a Regional da Lapa, que controlava politicamente, e
seu gabinete na Câmara como máquinas de campanha para seu irmão Williams José Izar, candidato
derrotado nas eleições para deputado estadual do ano passado.
Maeli é acusada de usar um carro
e um motorista cedidos pela Vega
Engenharia Ambiental, empresa
responsável pela coleta de lixo na
Regional de Pirituba, controlada
politicamente pela vereadora.
Segundo a Folha apurou, há uma
estratégia de defesa que vê a possibilidade de conseguir livrar os dois
vereadores da cassação que pode
ser proposta pela CPI.
A alegação poderia ser feita se a
comissão não der espaço de defesa
aos parlamentares. Para isso, eles
podem dificultar o trabalho da comissão para serem ouvidos e apresentar testemunhas para depor.
O problema é que a CPI está com
os dias contados para acabar e pode não sobrar tempo para seguir o
mesmo ritual do caso do vereador
Vicente Viscome, que já foi investigado. Neste caso, Izar e Maeli poderiam alegar cerceamento de defesa e conseguir parar a investigação contra eles na Justiça.
O presidente da CPI, José Eduardo Martins Cardozo (PT), afirmou
que a possibilidade de os parlamentaresnão prestarem depoimento não afetará os trabalhos da
comissão.
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