São Paulo, quarta, 26 de maio de 1999

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Izar e Maeli se recusam a receber convocação

da Reportagem Local

Funcionários do gabinete do vereador José Izar (PFL) e a vereadora Maeli Vergniano (sem partido) se recusaram ontem à noite a receber ofício da CPI da máfia da propina com a convocação para prestar depoimento à comissão no próximo sábado.
A tentativa de convocar os dois vereadores foi feita pessoalmente pelo relator da CPI, vereador Milton Leite (PMDB). Ele disse que Maeli garantiu que prestará depoimento à comissão, apesar de ter se recusado a receber a convocação.
Izar foi chamado a depor porque é acusado de usar a Regional da Lapa, que controlava politicamente, e seu gabinete na Câmara como máquinas de campanha para seu irmão Williams José Izar, candidato derrotado nas eleições para deputado estadual do ano passado.
Maeli é acusada de usar um carro e um motorista cedidos pela Vega Engenharia Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo na Regional de Pirituba, controlada politicamente pela vereadora.
Segundo a Folha apurou, há uma estratégia de defesa que vê a possibilidade de conseguir livrar os dois vereadores da cassação que pode ser proposta pela CPI.
A alegação poderia ser feita se a comissão não der espaço de defesa aos parlamentares. Para isso, eles podem dificultar o trabalho da comissão para serem ouvidos e apresentar testemunhas para depor.
O problema é que a CPI está com os dias contados para acabar e pode não sobrar tempo para seguir o mesmo ritual do caso do vereador Vicente Viscome, que já foi investigado. Neste caso, Izar e Maeli poderiam alegar cerceamento de defesa e conseguir parar a investigação contra eles na Justiça.
O presidente da CPI, José Eduardo Martins Cardozo (PT), afirmou que a possibilidade de os parlamentaresnão prestarem depoimento não afetará os trabalhos da comissão.



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