DA REPORTAGEM LOCAL

O hospital estadual Cândido Fontoura, na Mooca, zona leste de São Paulo, concluiu em sindicância interna que houve "falta de comunicação" da equipe da unidade que atendeu o bebê Nanci Nazario de Oliveira, de 11 meses, no dia 3 de maio deste ano.
Nanci morreu no hospital às 3h40, após sua mãe, Adriana de Sales, ter passado mais de seis horas em busca de atendimento. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, os funcionários não avisaram seus superiores sobre a gravidade do estado da menina.
Antes, a mãe esteve em um hospital municipal, o Benedito Montenegro, perto de sua casa, onde recebeu a informação errada de que não havia médicos.
A reportagem não conseguiu ontem falar com a diretoria do Cândido Fontoura. Segundo a assessoria da secretaria, a unidade vai iniciar agora uma sindicância para decidir como punir esses funcionários, cujos nomes não foram divulgados.
A polícia também investiga o caso e considera que houve falha médica no atendimento. O delegado responsável pelo caso, Ricardo Salvatori, até sexta-feira, aguardava um laudo e um depoimento para concluir o inquérito.
Em maio, uma comissão de averiguação da prefeitura verificou que havia uma médica de plantão no momento em que Adriana procurou o hospital municipal.
No entanto, segundo a comissão, funcionários da unidade receberam orientações confusas da diretoria da unidade e diziam que não havia profissionais.


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