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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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RIO

Polícia pediu a prisão preventiva de três funcionários do DER e de dois PMs

Filho de deputado denuncia extorsão

SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio pediu a prisão preventiva de três funcionários do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado e de dois PMs, acusados de terem extorquido o engenheiro João Guilherme Herrmann, 31, filho do deputado federal João Herrmann (PPS).
João Guilherme Herrmann, que trabalha na Volkswagen, acabou entrando na Linha Vermelha -via proibida para caminhões- quando voltava da Bahia anteontem, por volta das 9h, dirigindo um caminhão da empresa.
Segundo ele, foi abordado por dois PMs do Batalhão de Vias Especiais que o conduziram até um posto do DER. No local, estavam dois funcionários do departamento que teriam ameaçado apreender o veículo, caso o engenheiro não lhes pagasse propina.
Um dos funcionários, Jorge Luiz Francisquini de Azevedo, teria exigido R$ 1.500 pela liberação do caminhão. O engenheiro teria sido conduzido a um caixa eletrônico em um carro do DER, sacado R$ 1.000 -o limite máximo-, voltado até o posto e entregue a quantia a Azevedo, que liberou o veículo. Depois, telefonou para o pai, que procurou o secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho.
Na 21ª DP, o filho do deputado reconheceu três dos funcionários de plantão. Os dois PMs de plantão também foram identificados.

Outro lado
A advogada de Jorge Luiz Francisquini de Azevedo, Rita de Cássia Carvalho, negou que ele tenha participado de extorsão. A advogada de outro funcionário disse que ele apenas atendeu a um pedido de um colega ao transportar Herrmann ao caixa eletrônico. Os advogados dos demais envolvidos não foram localizados até a conclusão desta edição.


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