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USP e Unicamp não usarão Enem em vestibulares
Unicamp, porém, não descarta usar a nota do exame nacional em um eventual programa de inclusão
Motivo alegado pelas duas instituições é que a realização do exame só em novembro poderia atrasar seus calendários
FABIANA REWALD
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO
Os vestibulares 2011 da Fuvest e da Unicamp não usarão o resultado do Enem
(Exame Nacional do Ensino
Médio) como parte da nota.
O motivo é que o exame será realizado muito tarde -em
6 e 7 de novembro-, portanto não haverá tempo hábil
para que sua nota seja computada pelos organizadores.
Para que o resultado do
exame nacional fosse aproveitado, a USP afirma que deveria receber as notas da parte objetiva até a segunda
quinzena de novembro.
"Se o Enem ocorresse em
outubro, nós o usaríamos",
diz Renato Pedrosa, diretor-executivo da Comvest, comissão que organiza a prova
da Unicamp.
A não utilização do Enem
para compor parte da nota no
vestibular, no entanto, não
significa que o exame vá ser
completamente descartado
pela estadual de Campinas
ou pela USP.
"Isso não quer dizer que
abandonamos o Enem de
vez", diz Quirino Augusto
Carmello, pró-reitor-adjunto
de graduação da USP.
Segundo Telma Zorn, pró-reitora de graduação da USP,
o exame pode voltar a ser
usado nos próximos anos.
"Não é uma nova política",
afirma ela, que assumiu o
cargo neste ano.
No ano passado, o uso da
nota do exame já havia deixado de ocorrer em razão do
seu adiamento de outubro
para dezembro, após o vazamento das questões.
Até então, o Enem era usado para compor 20% da nota
da primeira fase, tanto na Fuvest como na Unicamp, caso
o resultado do exame beneficiasse o vestibulando.
INCLUSÃO
Outro uso do Enem que está descartado na USP, assim
como ocorreu no ano passado, é como fonte de bônus no
Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP).
Pelo programa, o resultado do exame poderia representar um acréscimo de até
6% nas notas de candidatos
que fizeram o ensino médio
em escolas públicas do país.
Mas, sem ele, a bonificação passa a ser baseada na
pontuação obtida pelo candidato na primeira fase da
Fuvest. A fórmula, criada no
ano passado, fica mantida.
A Unicamp acredita que
ainda possa usar o Enem como parte de um eventual programa de inclusão para alunos de escolas públicas. No
entanto, ainda não sabe como isso poderia ser feito.
No momento, os conselhos universitários da instituição ainda discutem a criação do programa.
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