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EDUCAÇÃO
Líderes tentam aprovar texto sem oposição
Governo quer votar projeto de federais na 3ª
da Sucursal de Brasília
O governo vai mobilizar sua base de sustentação na Câmara para
tentar aprovar o projeto que prevê
a gratificação dos professores na
terça-feira, mesmo sem acordo
com a oposição. Os líderes governistas começaram a enviar telegramas convocando deputados.
Para aprovar o projeto, o governo precisa da maioria simples dos
votos, respeitado o quórum mínimo de 257 deputados (do total de
513) presentes. "Vamos ganhar
colocando deputados no plenário", afirmou o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
Segundo o líder, o governo já
negociou tudo o que podia no
projeto. Inocêncio acusou a oposição de se aproveitar politicamente da greve dos professores.
Para ele, a oposição quer desgastar a imagem do governo neste
ano eleitoral. "A oposição vai ter
de arcar com o ônus de uma greve
tão longa e prejudicial", disse.
O pefelista acredita que a posse
da nova diretoria da entidade sindical dos professores vai facilitar a
aprovação do projeto. A nova diretoria acompanhou as negociações e defende posições menos radicais do que a atual diretoria, que
não concordava em alterar o projeto e defendia sua substituição
por um outro diferente.
Ricardo de Oliveira, presidente
eleito da Andes (sindicato nacional dos professores universitários), que toma posse no cargo hoje, disse que havia condições para
o projeto de lei das gratificações
ser votado anteontem.
"O projeto só não foi votado
porque não houve acordo. Agora
há uma situação de tensão. Na terça-feira, estamos por um triz, com
prazo muito apertado", afirmou.
A avaliação dos docentes é um
dos principais pontos de impasse.
O comando de greve não aceita
que as gratificações sejam vinculadas a um processo de avaliação da
produtividade dos professores,
como quer o MEC.
Os grevistas querem que as gratificações sejam integralmente pagas aos aposentados e incluam
professores de 1º e 2º graus.
A próxima terça é o prazo final
para a Câmara votar o projeto. Caso isso não aconteça, não haverá
mais tempo para a concessão da
gratificação antes das eleições.
Depois de aprovado pela Câmara, o projeto ainda precisa ser votado pelo Senado para ser sancionado pelo presidente.
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