DO AGORA SÃO PAULO

Delegados da Corregedoria da Polícia Civil ficaram ontem mais de dez horas à espera do advogado José Alves Brito Filho, que não se apresentou.
Após negociação entre advogados, delegado-geral, Marco Antônio Desgualdo, e o juiz Maurício Lemos Porto Alves, ficou decidido que ele somente se apresentará no Tribunal de Justiça (TJ), sem previsão de data e horário.
Brito Filho é acusado de envolvimento na máfia que furta processos dos fóruns da capital e que já levou quatro funcionários do Poder Judiciário à prisão.
O advogado é suspeito de encomendar o furto de pelo menos quatro processos do Fórum Criminal da Barra Funda. Ele foi denunciado pelo auxiliar judiciário Milton Inocêncio Bezerra, a quem teria contratado para desviar os processos de cartórios.
A regalia de se apresentar à presidência ou à Corregedoria do Tribunal de Justiça é rara e causa estranheza. Somente juízes e desembargadores alvos da Corregedoria Geral da Justiça são ouvidos diretamente pelo tribunal.
A desconfiança é que o advogado tenha revelações importantes a serem feitas sobre o envolvimento de funcionários de alto escalão do Poder Judiciário paulista.


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