São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 2002

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ESTRANHOS NO PARAÍSO

Na Flórida, outros 2 brasileiros são presos ao filmar navio

Garoto é acusado de matar a mãe

SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Um brasileiro de 19 anos está sendo acusado de ter matado a mãe a golpes de faca na madrugada de terça em Hyannis, cidade na periferia de Boston (Estado de Massachusetts). Dione Alves, 46, morreu a caminho do hospital.
A polícia acusa o paranaense Eduardo Alves de ter esfaqueado a mãe com uma faca de cozinha enquanto ela conversava ao telefone com uma amiga. Os guardas chegaram à casa que Dione dividia com o marido e dois filhos no momento em que o pai, Nivaldo Alves, tentava tirar a faca dele.
"Ela estava deitada sobre uma poça de sangue", segundo o relatório do sargento Sean Sweeney, que cuida da investigação.
Eduardo foi indiciado por assassinato e violência doméstica e se disse inocente, de acordo com os policiais. Se for considerado culpado, ele pode ser condenado à prisão perpétua.
Nos próximos dias, ele passará por avaliação psicológica. Sua audiência está marcada para 9 de agosto. Segundo Gustavo, seu irmão mais velho, Eduardo teve uma crise nervosa recentemente.
"Nós nunca pensamos que ele fosse matar a mamãe. Eles nunca tiveram uma briga, uma discussão", disse Gustavo, 21.
Desempregada, Dione tinha mudado para os EUA há três meses com Eduardo e procurava emprego como doméstica. Seu marido e o filho mais velho moravam em Hyannis havia cinco anos.

Prisão na Flórida
Também nesta semana dois brasileiros foram presos no Estado da Flórida, no sul dos EUA, acusados de invadir uma área restrita de Port Canaveral, próxima das instalações da Nasa (a agência do programa espacial norte-americano) em Cabo Canaveral.
Segundo a polícia local, Odilon dos Santos Soares, 42, e Simão Eusébio Ferreira, 33, estavam pescando no local no último domingo e filmaram, com uma câmera digital, alguns navios.
Os dois foram presos após denúncias de passageiros de um dos navios, um cruzeiro dos Estúdios Disney, que suspeitaram tratar-se de terroristas. Depois de assistir às fitas, a polícia descartou a hipótese e os prendeu por estarem sem documentação.
"Eles estavam só no lugar errado na hora errada", disse um policial. Os dois não quiseram falar à imprensa nem por meio de seu advogado, indicado pelo Estado. Devem ser extraditados, já que estão com vistos vencidos.



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