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Norma de 2005 já restringia uso de Congonhas, mas foi desrespeitada
DA REPORTAGEM LOCAL
Se uma portaria de 2005 do
DAC (Departamento de Aviação Civil),que regulou o uso dos
aeroportos em São Paulo, tivesse sido cumprida, o pacote de
medidas do Conac (Conselho
de Aviação Civil), anunciado na
sexta-feira, faria pouco sentido.
O documento já determinava
que o objetivo primário do aeroporto de Congonhas era
atender a ponte-aérea com o
Rio de Janeiro e, em segundo
lugar, os aeroportos de Brasília,
Confins e Curitiba e vôos dentro do Estado. Todos os demais
destinos, viriam depois, se a capacidade permitisse.
Um item do texto também
proibia que aeronaves ficassem
mais que 40 minutos nos box
de estacionamento. Mas cena
comum no local são aviões permanecerem um tempo bem
maior enquanto aguardam passageiros originários de vôos
com conexão em Congonhas.
Portaria da mesma época
restringiu, com sucesso, apesar
de pressões de usuários e companhias, o uso do aeroporto da
Pampulha (em Belo Horizonte), que também privilegiou
vôos curtos e as pontes aéreas.
As restrições às proibições de
vôos charters também vêm de
pelo menos setembro do ano
passado, e foram reforçadas pelo ministro da Defesa, Waldir
Pires, em 2006. Com a nova
proibição, apenas 1% dos vôos
deverão sair de Congonhas. A
novidade do pacote, a proibição
de que vôos com mais de duas
horas de duração partam de
Congonhas, deve alterar pouco
o quadro, segundo dados do
CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea).
Das 640 operações/dia em
Congonhas, só dez serão cortadas, segundo o novo critério:
para os destinos Fortaleza,
Cuiabá, Recife e Salvador. No
caso da capital baiana e do Mato Grosso, só quando os planos
de vôo previrem mais de 120
minutos de viagem.
Está na proibição, agora explícita, das conexões e escalas
no aeroporto, a chave da eficácia do pacote para diminuir o
movimento em Congonhas. Segundo a Infraero, esses vôos
são 30% do movimento do aeroporto -mas ficará a cargo das
companhias aéreas redefinir
sua malha em até 60 dias.
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