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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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CASO PEDRINHO

Sentença dada ontem por juiz de Goiânia se refere a um dos dois sequestros de bebês de que ela é acusada

Vilma é condenada a 8 anos de prisão

DA AGÊNCIA FOLHA

A empresária Vilma Martins Costa foi condenada ontem a oito anos e oito meses de prisão, em regime semi-aberto, por ter levado Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, ainda bebê, da maternidade brasiliense Santa Lúcia, em janeiro de 1986.
O juiz Adegmar José Ferreira, da 10ª Vara Criminal de Goiânia (GO), considerou Vilma culpada pelos crimes de subtração de incapaz (1 ano e 8 meses de prisão), parto suposto (três anos e seis meses) e falsificação de documentos (três anos e seis meses).
De acordo com o juiz, Costa, além de tirar o bebê da maternidade, simulou gravidez e apresentou a criança como seu filho natural. O marido dela -Osvaldo Martins Borges, que morreu no ano passado- registrou o bebê com o nome de Osvaldo Martins Borges Júnior.
"Vamos recorrer e derrubar essa condenação", disse Rosângela Magalhães, advogada de Vilma.
"Ele [juiz] multiplicou por dois a pena por crimes tipificados no mesmo artigo do Código Penal", disse ela, referindo-se aos crimes de parto suposto e falsificação de documentos. "Além disso, todos os crimes já prescreveram."
Costa está detida no CPP (Centro de Prisão Provisória), em Goiânia, desde maio deste ano.

Isolamento
No começo deste mês, ela foi transferida para o isolamento depois de ser acusada de arremessar um ferro elétrico contra duas detentas. De acordo com o diretor do presídio na época, major Massatoshi Sérgio Katayama (ele pediu demissão no dia 11 de agosto), o objeto lançado não chegou a atingir as presas.
Na ocasião, a advogada Rosângela Magalhães disse que sua cliente se defendeu de agressões.
Detida na manhã do dia 12 de maio passado, em Aparecida de Goiânia (GO), Vilma passou 24 horas em um hospital antes de ser levada ao CPP. Ela é acusada também do desaparecimento de Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva de uma maternidade em Goiânia, em fevereiro de 1979. A jovem foi criada como Roberta Jamilly Martins Borges.
Os casos só foram descobertos depois que uma parente do marido de Vilma encontrou semelhanças entre Pedrinho e um garoto desaparecido cuja foto estava no site do SOS Criança.


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