|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CASO PEDRINHO
Sentença dada ontem por juiz de Goiânia se refere a um dos dois sequestros de bebês de que ela é acusada
Vilma é condenada a 8 anos de prisão
DA AGÊNCIA FOLHA
A empresária Vilma Martins
Costa foi condenada ontem a oito
anos e oito meses de prisão, em
regime semi-aberto, por ter levado Pedro Rosalino Braule Pinto, o
Pedrinho, ainda bebê, da maternidade brasiliense Santa Lúcia,
em janeiro de 1986.
O juiz Adegmar José Ferreira,
da 10ª Vara Criminal de Goiânia
(GO), considerou Vilma culpada
pelos crimes de subtração de incapaz (1 ano e 8 meses de prisão),
parto suposto (três anos e seis meses) e falsificação de documentos
(três anos e seis meses).
De acordo com o juiz, Costa,
além de tirar o bebê da maternidade, simulou gravidez e apresentou a criança como seu filho natural. O marido dela -Osvaldo
Martins Borges, que morreu no
ano passado- registrou o bebê
com o nome de Osvaldo Martins
Borges Júnior.
"Vamos recorrer e derrubar essa condenação", disse Rosângela
Magalhães, advogada de Vilma.
"Ele [juiz] multiplicou por dois
a pena por crimes tipificados no
mesmo artigo do Código Penal",
disse ela, referindo-se aos crimes
de parto suposto e falsificação de
documentos. "Além disso, todos
os crimes já prescreveram."
Costa está detida no CPP (Centro de Prisão Provisória), em
Goiânia, desde maio deste ano.
Isolamento
No começo deste mês, ela foi
transferida para o isolamento depois de ser acusada de arremessar
um ferro elétrico contra duas detentas. De acordo com o diretor
do presídio na época, major Massatoshi Sérgio Katayama (ele pediu demissão no dia 11 de agosto),
o objeto lançado não chegou a
atingir as presas.
Na ocasião, a advogada Rosângela Magalhães disse que sua
cliente se defendeu de agressões.
Detida na manhã do dia 12 de
maio passado, em Aparecida de
Goiânia (GO), Vilma passou 24
horas em um hospital antes de ser
levada ao CPP. Ela é acusada também do desaparecimento de Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva
de uma maternidade em Goiânia,
em fevereiro de 1979. A jovem foi
criada como Roberta Jamilly
Martins Borges.
Os casos só foram descobertos
depois que uma parente do marido de Vilma encontrou semelhanças entre Pedrinho e um garoto desaparecido cuja foto estava
no site do SOS Criança.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Segurança: US$ 582 mil falsos somem da Polícia Civil Índice
|