|
Texto Anterior | Índice
SEGURANÇA
Outros Estados também não receberão a verba
Ministério da Justiça corta repasse de R$ 39,5 mi para polícia técnica do Rio
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério da Justiça sustou o
repasse à Secretaria de Segurança
Pública do Estado do Rio de
R$ 39,5 milhões que deveriam ser
aplicados em projetos de melhoria da polícia técnica, responsável
pelas perícias criminais. O dinheiro seria liberado ontem.
Segundo o ministério, o governo fluminense não cumpriu exigências formalizadas nos documentos que tratam da remessa ao
Estado do dinheiro do Fundo de
Segurança Pública.
O Estado não teria, por exemplo, comprovado ser o dono de
sete terrenos em que deveriam ser
construídos postos de polícia técnica. O ministério só libera o dinheiro para o projeto (orçado em
R$ 7,5 milhões) se o Estado comprovar a posse das áreas.
A exigência é uma maneira de o
governo federal se precaver contra futuras disputas judiciais sobre a real propriedade das áreas
descritas no projeto estadual.
O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, deve dar entrevista hoje à tarde sobre o repasse das verbas do
Fundo de Segurança Pública e os
cortes, que também atingem outros Estados.
Designado pelo secretário de
Segurança do Estado do Rio, Anthony Garotinho, para falar sobre
o caso, o coordenador de Polícia
Técnica e Científica da secretaria,
Roger Ancillotti, disse ter recebido ontem da Secretaria Nacional
de Segurança a informação de
que os R$ 7,5 milhões só deverão
ser liberados no ano que vem.
Segundo Ancillotti, "não é usual
a solicitação de comprovação de
propriedade por parte dos Estados". Ele citou o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
como entidade que só exigiria a
comprovação após a assinatura
dos acordos de liberação de verba.
"O Estado tem terrenos próprios em todos os municípios",
disse o coordenador, acrescentando que espera receber o mais
breve possível os R$ 32 milhões
restantes.
A quantia, de acordo com os
acordos firmados entre os governos fluminense e federal, deve ser
investida na modernização do
IFP (Instituto Félix Pacheco), órgão da Secretaria de Segurança
responsável pela identificação das
pessoas, e na implantação de três
laboratórios móveis de perícia
técnica. Os laboratórios funcionariam dentro de furgões.
Texto Anterior: Rodízio de água começa no Guarujá Índice
|