DA SUCURSAL DO RIO

A tendência de aumento da população idosa, apontada pelo estudo do Ipea, indica que o país precisa estar preparado para atender às demandas dessa faixa etária pelos serviços de saúde e da Previdência Social.
"Tudo vai depender da maneira como o sistema de saúde tratar a população. Uma coisa é ter de cuidar de uma população idosa e sem saúde, outra é lidar com idosos saudáveis", afirma a pesquisadora Ana Amélia Camarano. Ela cita como exemplo o caso dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Segundo Camarano, os EUA têm um gasto em saúde per capita com sua população idosa três vezes maior do que o dispensado na Inglaterra, apesar de os dois países terem quase a mesma proporção de idosos.
Na opinião dela, a diferença de gastos é explicada pela atenção dada em cada um dos países para a saúde da população desde a infância.
Além de se preparar desde o início da vida dos brasileiros para evitar as doenças típicas da terceira idade, o sistema de saúde terá que se preparar para atender a uma população que sofra de doenças comuns entre os mais velhos. "Os serviços de saúde deverão sofrer maior pressão, pois os grupos extremos [crianças e idosos] são os que exercem a maior demanda sobre o sistema.
Camarano afirma que outro desafio para o Brasil está no sistema previdenciário, já que haverá mais gente para viver com os rendimentos de aposentadoria e menos jovens em idade ativa para contribuir para o sistema.


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