São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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Setor diz que anunciantes vão respeitar o bom-senso

Pelo acordo, produtos com valor nutritivo poderão ser anunciados normalmente

Fabricantes dizem que vão definir até o final deste ano o critério de alimento nutritivo para a veiculação de propaganda na mídia

DA REPORTAGEM LOCAL
COLUNISTA DA FOLHA

A regra de não veicular propaganda voltada ao público infantil em programas cuja audiência na faixa de zero a 12 anos seja igual ou superior a 50% não será o único critério a ser usado pela indústria alimentícia, afirmou Rafael Sampaio, vice-presidente executivo da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes).
"Acredito que vai prevalecer o bom-senso por parte dos anunciantes. Ao ver que um programa ou uma mídia, um gibi, é voltado para criança, não irá anunciar", diz Sampaio.
"O setor de alimentação é realmente responsável e preocupado em agir da melhor maneira", afirma o presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Edmundo Klotz.
O presidente da PepsiCo Brasil, divisão de alimentos, Otto von Sothen, empresa que também participa do acordo, confirma. "Não anunciaremos na programação infantil. Em outros programas, apenas produtos com maior valor nutritivo."
Pelo acordo, produtos que atendam a critérios nutritivos específicos poderão continuar sendo anunciados.
Até o fim do ano, as empresas vão definir qual será o critério de alimento nutritivo. A Nestlé, por exemplo, diz que, em países onde já há medidas semelhantes, ela anuncia leite fermentado para crianças, mas não faz propaganda de chocolate.
Sobre o fato de o acordo ser anunciado pouco antes de a Anvisa divulgar a nova regulamentação, Klotz diz que foi a indústria quem iniciou essa discussão há alguns anos e várias medidas já são seguidas -algumas regras do Conselho Nacional da Autorregulamentação Publicitária.
Ele negou que a indústria queira criar uma autorregulamentação já prevendo regras mais duras por parte da Anvisa.


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