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Parceria entre policiais e designers do Paraná cria roupas e móveis "antifurto"
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A partir da pesquisa sobre
as técnicas mais usadas por
ladrões em pequenos furtos,
estilistas e designers no Paraná desenvolveram protótipos
de móveis, roupas e bolsas
"antifurto" para dificultar a
ação de batedores de carteira.
A ideia do projeto "Design
contra o Crime" surgiu do coronel Roberson Bondaruk,
comandante da Academia
Policial Militar do Guatupê,
órgão de formação de policiais do Estado, e do setor de
design do Senai.
Nas criações de vestuário, o
bolso da calça é mais baixo e
tem velcro para fazer barulho
ao ser aberto. Alguns modelos
sem zíper trazem bolso com
fundo falso para que o ladrão
não alcance a carteira.
"A mão do ladrão não vai
conseguir chegar ao fundo
sem ser notada", diz a consultora de moda Marianne Rohrig. Os zíperes das bolsas são
cobertos por tecido em aba
para dificultar sua visualização. Há ainda bolsas revestidas com redes de pesca, resistentes a golpes de estilete.
Entre os móveis, o destaque é a cadeira com compartimentos para bolsas.
A pesquisa de base foi feita
com 287 detentos do Estado
entre 2007 e 2008. "A principal lei que seguem é a do menor esforço. Por isso, desenvolvem um olho clínico para
identificar pessoas que vacilam", afirma Bondaruk.
Os autores buscam financiamento para fabricar os
produtos em grande escala.
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