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Ministério espera testar vacina contra dengue em 5 anos
Brasil e grupo britânico investirão R$ 183 mi para criar imunização contra dengue, malária e febre amarela
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde anunciou que vai investir, em parceria com a farmacêutica britânica GSK (GlaxoSmithKline),
cerca de R$ 183 milhões no desenvolvimento de vacinas contra dengue e a malária e numa
nova versão da vacina contra a
febre amarela.
Governo e empresa dividirão
o investimento em partes
iguais. O anúncio foi feito ontem em Londres pelo ministro
José Gomes Temporão.
A imunização contra a dengue será a primeira a ter o desenvolvimento iniciado, de
acordo com o ministério, que
estima poder começar a testar
o medicamento em, pelo menos, cinco anos.
Outros cinco anos podem ser
necessários até que a vacina esteja disponível para a população, afirma Marcos da Silva
Freire, gerente do programa de
desenvolvimento tecnológico
de vacinas virais de Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz).
Para possibilitar a produção
dessas imunizações, será criado um centro de pesquisa na
Fiocruz, que hoje já produz
uma versão da vacina contra a
febre amarela.
A nova versão será desenvolvida com com vírus inativos, o
que funcionaria para evitar a
ocorrência de eventuais efeitos
adversos na população imunizada, afirma Freire.
Para a prevenção às duas
outras doenças -a malária e
a dengue- ainda não existem
vacinas.
Desdobramento
O trabalho conjunto é desdobramento de um acordo assinado em agosto entre o governo
brasileiro e o laboratório britânico, que prevê transferência
de tecnologia para a Fiocruz
para a produção de uma vacina
nacional contra a bactéria
pneumococo.
O medicamento, que protege
contra pneumonia e meningite
bacteriana, entrará no calendário nacional de imunização no
ano que vem.
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