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PRECONCEITO
Justiça libera 2 acusados de pregar racismo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça deferiu ontem
à noite o pedido de liberdade provisória para dois
dos três homens acusados
pela Polícia Civil de São
Paulo de cometer crime de
racismo na última segunda-feira na Vila Mariana.
Eles haviam sido presos
em flagrante colando cartazes com críticas ao programa de cotas de vagas
para afrodescendentes nas
universidades públicas.
Foram beneficiados pela decisão judicial o designer Eduardo Brandão Jarussi, 26, e o autônomo
Rogério Costa Andrade,
27, que sairão hoje do CDP
(Centro de Detenção Provisória) Independência.
No parecer, o juiz acolheu o pedido da defesa para que os dois fossem soltos porque preenchem os
requisitos (emprego, residência fixa e bons antecedentes) para responder a
esse crime em liberdade.
No pedido, os advogados
não entraram no mérito
da culpabilidade. À Folha,
porém, disseram que seus
clientes não são racistas e
foram mal interpretados.
A sugestão do promotor
Marcelo Luis Barone a
Justiça havia sido para indeferir o pedido aos três
indiciados por crer que o
crime de racismo é inafiançável e imprescritível.
Esse indeferimento, porém, só foi dado ao acusado Emerson de Almeida
Chieri, 34, que teria passagens na polícia por roubo,
furto e posse de drogas.
No entender da polícia,
o teor das publicações incitava a discriminação e
o preconceito ao negros.
Os cartazes, impressos do
site do grupo neonazista
White Power, diziam que
os negros "roubam" as vagas dos brancos e mostram um negro aprovado
após errar várias questões.
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