São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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PRECONCEITO

Justiça libera 2 acusados de pregar racismo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça deferiu ontem à noite o pedido de liberdade provisória para dois dos três homens acusados pela Polícia Civil de São Paulo de cometer crime de racismo na última segunda-feira na Vila Mariana.
Eles haviam sido presos em flagrante colando cartazes com críticas ao programa de cotas de vagas para afrodescendentes nas universidades públicas.
Foram beneficiados pela decisão judicial o designer Eduardo Brandão Jarussi, 26, e o autônomo Rogério Costa Andrade, 27, que sairão hoje do CDP (Centro de Detenção Provisória) Independência.
No parecer, o juiz acolheu o pedido da defesa para que os dois fossem soltos porque preenchem os requisitos (emprego, residência fixa e bons antecedentes) para responder a esse crime em liberdade.
No pedido, os advogados não entraram no mérito da culpabilidade. À Folha, porém, disseram que seus clientes não são racistas e foram mal interpretados.
A sugestão do promotor Marcelo Luis Barone a Justiça havia sido para indeferir o pedido aos três indiciados por crer que o crime de racismo é inafiançável e imprescritível.
Esse indeferimento, porém, só foi dado ao acusado Emerson de Almeida Chieri, 34, que teria passagens na polícia por roubo, furto e posse de drogas.
No entender da polícia, o teor das publicações incitava a discriminação e o preconceito ao negros. Os cartazes, impressos do site do grupo neonazista White Power, diziam que os negros "roubam" as vagas dos brancos e mostram um negro aprovado após errar várias questões.


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