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Cidades afetadas por seca no AM recebem água
Distribuição é feita pela Defesa Civil; 4.000 alunos estão sem aulas em 22 municípios
Alberto Cesar Araujo/Folhapress
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Vista do leito seco do rio Negro em Iranduba, próximo a Manaus; vazante dos rios deixou cidades do Amazonas isoladas
DE MANAUS
DE SÃO PAULO
A Defesa Civil do Amazonas anunciou ontem que está
enviando água potável para
as cidades afetadas pela vazante dos rios Negro e Solimões, que, juntos, formam o
rio Amazonas. A água está
sendo comprada com recursos do Estado e da União.
Ao todo, serão distribuídas
600 toneladas. A água contaminada de igarapés e lagos já
provocou oito mortes.
No domingo, o rio Negro
atingiu a menor marca histórica do nível das águas.
Em todo o Estado, cerca de
66 mil famílias foram afetadas, e comunidades ribeirinhas estão isoladas.
Segundo a Secretaria de
Estado da Educação, cerca
de 4.000 alunos, de 22 municípios, estão sem aulas devido à seca, já que o transporte
na região é feito sobretudo
por meio dos rios.
O município de São Paulo
de Olivença (a 988 km de Manaus), que decretou calamidade pública, recebeu 48 toneladas de água.
Na cidade, foram registradas oito mortes de crianças e
idosos que apresentaram sintomas de diarreia, doença
causada pelo consumo de
água contaminada.
A Defesa Civil também pretende distribuir às populações ribeirinhas 15 mil filtros
portáteis, semelhantes aos
usados no Haiti após o terremoto de janeiro, mas eles
ainda não chegaram ao Estado. Os filtros, importados,
duram três anos e vão custar
R$ 202 cada um.
Ontem, o rio Negro subiu
dois centímetros em Manaus
e deve seguir tendência de
aumento até novembro. A estimativa, de um dos superintendentes da ANA (Agência
Nacional de Águas), Joaquim
Gondim, baseia-se nos ciclos
anuais de vazante.
Até meados do próximo
mês, no entanto, o nível do
rio pode voltar a cair. Isso
porque o nível do Negro tem
relação com o volume de
água do Solimões.
A porta de entrada no país
do rio Solimões é em Tabatinga, na fronteira do Brasil com
o Peru. Ali, a recuperação no
nível das águas já foi percebida, diz Gondim. O reflexo da
recuperação em Manaus, porém, não é imediato.
(KÁTIA BRASIL, FELIPE LUCHETE e RACHEL BOTELHO)
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