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Procuradoria mantém crítica
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local
Apesar dos vetos impostos na lei
que cria novos tipos de pena alternativa, a Procuradoria Geral de
Justiça de São Paulo continuou
criticando a abrangência da nova
norma.
"Um dos vetos, o que se refere à
advertência, apenas eliminou uma
excrescência da lei, uma vez que
essa advertência não seria nada
mais que um pito", disse Ricardo
Dias Leme, assessor especial do
procurador-geral de Justiça de São
Paulo, Luiz Antonio Marrey.
Marrey, em carta enviada ao
presidente Fernando Henrique
Cardoso, disse que não era contrário ao estabelecimento de penas
alternativas, mas à abrangência da
lei, que alcança cerca de 95% dos
crimes previstos no Código Penal,
entre eles furto e estelionato.
Para o presidente da Associação
Brasileira dos Advogados Criminalistas, Luiz Flávio Borges D'Urso, a nova norma vai proporcionar
o "afastamento de pessoas com
possibilidade de recuperação das
mazelas da cadeia".
O coordenador do Movimento
do Ministério Público Democrático, Clilton Guimarães dos Santos,
disse que a lei que ampliou a aplicação da pena alternativa "está na
tendência do direito penal moderno, que não pode sobreviver apenas com a pena de prisão".
Para o presidente da Associação
Juízes para a Democracia, Dirceu
Aguiar Dias Cintra Júnior, é preciso criar um aparato responsável
pela criação de lugares destinados
à aplicação das medidas.
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