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Prevenção depende de controle do gene
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma das formas de se evitar a
proliferação da neuropatia hereditária motora e autonômica progressiva associada à dislipidemia
no país é fazer uma espécie de
controle genético dos portadores.
Isso, teoricamente, poderia acabar com a doença.
Como a chance de transmissão
para os filhos é de 50%, seria necessário que uma fertilização artificial fosse feita para evitar o contágio. "Assim, seria possível, por
meio da pesquisa do gene, selecionar o melhor para a fecundação", disse o orientador do estudo, Amilton Antunes Barreira.
Isso, no entanto, só vai ser possível após a próxima etapa do estudo ser concluída -a do mapeamento do gene, o que pode ocorrer no ano que vem.
"Nós podemos fazer um aconselhamento, mas é preciso que a
pessoa venha espontaneamente",
afirmou o médico Wilson Marques Júnior, médico do departamento de neurologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da USP.
Segundo Barreira, teoricamente
essas medidas poderiam acabar
com a doença. "Como não há nada na literatura, acreditamos que
poderia haver um controle", disse
Barreira.
Letalidade
Mortal, a amiotrofia espinhal
-decorrente da nova doença
descoberta- pode matar em um
período que varia de 8 a 12 anos e
afeta metade dos filhos dos portadores. "É um risco muito grande",
afirmou Marques Júnior.
Os sintomas da doença -que
afeta homens e mulheres- começam a aparecer geralmente a
partir dos 30 anos. Até agora, os
casos detectados apontam que ela
apareceu dos 30 aos 54 anos.
Antes disso, os portadores não
apresentaram nenhum sintoma
que pudesse caracterizá-la e tinham uma vida normal. "Alguns,
inclusive, foram atletas na juventude. Nem sabiam que poderiam
desenvolver a doença", disse.
Segundo Barreira, é preciso trabalhar, também, o aspecto psicológico dos portadores, já que não
há cura.
"A pessoa sofre até ficar em
uma cama, deitada, conseguindo
mexer somente as mãos e o pescoço, por causa da fraqueza. A cabeça, no entanto, está bem, o que
a faz sofrer por estar naquela situação e não poder fazer nada",
disse o pesquisador.
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