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DIPLOMACIA
Consulado em Recife é o primeiro a fazer a coleta informatizada de digitais; SP adotará medida em fevereiro
Visto para os EUA agora exige fichamento
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governo norte-americano
tornou ainda mais rigoroso o processo de identificação dos visitantes brasileiros e passou a exigir o
fichamento, ainda no Brasil, dos
interessados em entrar no EUA.
A medida começou a ser implantada ontem, no consulado
norte-americano em Recife. Até
maio, ela será obrigatória em todas as representações diplomáticas dos Estados Unidos no Brasil.
O novo fichamento não substitui o procedimento que já vem
sendo feito nos EUA. Os brasileiros, assim como os cidadãos de
outros países onde o sistema já foi
implantado, passarão a ser identificados duas vezes.
A intenção, informou o consulado em Recife, é saber se a pessoa
que obteve o visto de entrada é a
mesma que chegou aos Estados
Unidos. As digitais coletadas no
Brasil serão confrontadas com as
do segundo fichamento.
A Embaixada dos EUA considera as ações complementares
-uma extensão do programa de
segurança US-Visit, contra a entrada de terroristas no país.
Só estão isentas da identificação
crianças com menos de 14 anos de
idade, adultos com mais de 79
anos e diplomatas e autoridades
viajando a serviço do governo.
Sem confusão
No primeiro dia de funcionamento do novo sistema no Brasil,
não houve confusão. A coleta das
digitais dos dois dedos indicadores, feita por meio eletrônico, durante a entrevista com o agente
consular, demorou em média um
minuto por pessoa.
Cerca de 50 entrevistas estavam
marcadas para ontem no consulado norte-americano, em Recife. O
pequeno fluxo de pessoas, que
permite eventuais correções com
menor prejuízo, determinou a escolha da representação como a
primeira a utilizar o sistema de fichamento no Brasil.
O mesmo procedimento será
adotado a partir de fevereiro no
consulado de São Paulo e, em
março, no do Rio de Janeiro. A
embaixada em Brasília passará a
fichar os brasileiros em maio.
O governo norte-americano
pretende implantar esse sistema
de identificação em todas as suas
representações diplomáticas que
emitem visto de entrada até 26 de
outubro deste ano.
O processo teve início em setembro de 2003, nas embaixadas
dos EUA na Bélgica, na Guatemala e em El Salvador e no consulado
geral de Frankfurt (Alemanha).
No início deste ano, cerca de 50
representações diplomáticas norte-americanas já haviam adotado
o software de coleta de digitais.
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