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Projetos abordam uso de crack e sexo seguro
DA REPORTAGEM LOCAL
Além do "Chá de Lírio", o grupo "É de Lei" tem três outros projetos de rua. Como também ocorre em Santa Catarina, Salvador e
Juiz de Fora, os projetos estão distribuindo cachimbos aos crackeiros, evitando que queimem os lábios e com isso transmitam herpes e até tuberculose.
"No "Chá de Lírio", eles discutem como reduzir os danos sociais e à saúde provocados pela
droga", diz Paulo Giacomini, jornalista e um dos coordenadores
do grupo.
Naime Silva fala da dificuldade
em manter o contato com os crackeiros. "Eles chegam com medo,
cheios de "nóia" da polícia e de lugares públicos. Às vezes são barrados pelos seguranças da galeria.
Nós vamos esperá-los lá na rua."
Em três locais diferentes, o grupo vem trabalhando com cerca de
170 dependentes. Um dos projetos se chama "Sexta, sábado, pedem cachimbo", dirigido para
usuários de crack, e "Nem patroa,
nem patrão; sexo só com proteção", para profissionais do sexo.
Recife
No Recife, a Associação de
Usuários de Álcool e outras Drogas é formado por dependentes,
ex-dependentes, familiares e "técnicos" voluntários como psicólogos, por exemplo. "Entre os dependentes, alguns estão querendo
parar, outros só querem saber como reduzir os riscos da droga",
afirma Marcílio Cavalcanti Lima,
presidente do grupo.
Segundo ele, no grupo há oito
"que estão em abstinência", seis
que trocaram a cocaína pela maconha e cerca de dez que só querem reduzir os danos.
"Quando me perguntam, digo
que uso droga fumada. Não preciso dizer se é cigarro comum ou
maconha", diz Cavalcanti. "Nossa
associação defende usuários de
drogas lícitas e ilícitas." (AB)
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