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SEGURANÇA
A procura pelas 1.500 vagas de soldado ocorreu nos cinco primeiros dias; o salário inicial oferecido é de R$ 780
14 mil já se inscreveram para a PM no Rio
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Em apenas cinco dias de inscrição, o concurso para soldado da
Polícia Militar do Estado do Rio,
cujo salário inicial é de R$ 780, já
atraiu cerca de 14 mil candidatos.
As inscrições terminarão na próxima sexta-feira. São 1.500 vagas.
Só podem participar homens entre 21 e 30 anos de idade , com o
ensino médio completo.
Por causa da grande procura, há
candidatos que dormem na fila
ou vêm de cidades distantes para
fazer a inscrição. A PM anunciou
que mais 500 vagas poderão ser
abertas. O perfil dos candidatos
inscritos é variado -desempregados, pessoas que querem mudar de emprego, militares e universitários. Todos querem conseguir estabilidade no trabalho.
À meia-noite de ontem, a fila
começou a se formar no Centro
de Formação e Recrutamento de
Praças da PM, em Sulacap (zona
norte), um dos postos de inscrição. Até o meio-dia, 500 candidatos haviam passado por lá. Há
ainda outros dois postos: São
Cristóvão (zona norte) e Campo
Grande (zona oeste).
Os filhos de PM ou os que vestiam farda das Forças Armadas tiveram prioridade na fila. Esse privilégio é norma nos concursos da
corporação. Muitas pessoas vieram de bermuda e foram impedidas de fazer a inscrição.
O primeiro a chegar à fila foi o
ex-balconista Vágner Gimenes,
26, de Magé, cidade a 60 km do
Rio. Desempregado há quatro
anos, ele quer a vaga para sustentar a mulher e duas enteadas.
Enquanto aguardava na fila, o
auxiliar de estoque Marcelo Costa, 29, já se preparava para a prova. Ele lia um livro de gramática.
"Quero passar para poder pagar
um curso de administração."
Um grupo de 30 candidatos de
Campos (a 280 km do Rio) fretou
um ônibus para vir à capital e fazer a inscrição. Cada um pagou
R$ 60 pela viagem de ida e volta.
Um dos "forasteiros", Eduardo
Ribeiro, 27, disse que resolveu fazer o concurso porque tem experiência em segurança. Embora
considere o salário baixo, ele quer
estabilidade para poder freqüentar uma faculdade de direito.
Alan Malafaia, 22, que cursa direito, afirmou ter largado o emprego de segurança para se preparar para o concurso.
Fernando Araújo, 25, que cursa
o último ano de fisioterapia, quer
entrar para a PM para trabalhar
no Hospital Central, onde os policiais feridos são tratados.
Duas outras disputas ocorriam
do lado de fora do posto. A dos
vendedores de apostilas e a dos
propagandistas de cursos preparatórios para o concurso.
Apostilas eram vendidas a preços que variavam de R$ 7 a R$ 10.
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