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PB manda destruir barragens para reduzir racionamento
ADELSON BARBOSA
em João Pessoa
O governo da Paraíba determinou ontem a destruição de oito
barragens clandestinas localizadas
nos afluentes dos rios Gramame e
Mamuaba, que abastecem João
Pessoa e as cidades de Beyeux, Cabedelo e Santa Rita.
A idéia é aumentar a vazão dos
dois rios e reduzir o racionamento
de água que começou na segunda-feira. Cerca de 700 mil pessoas estão sendo afetadas pelo primeiro
racionamento de água na capital
paraibana nos últimos 30 anos.
As barragens acumulam água
que é utilizada na irrigação por
grandes fazendas agrícolas da região. A barragem Gramame/Mamuaba, que tem capacidade para
56 milhões de metros cúbicos de
água, está com menos de 20% da
capacidade.
A vazão do rio Gramame, que é
de 800 litros por segundo, foi reduzida para 137 litros, segundo o diretor de operações da Cagepa
(Companhia de Águas e Esgotos
da Paraíba), Guarany Viana. Ele
disse que a vazão do rio Mamuaba
foi reduzida de 800 litros por segundo para menos da metade.
O secretário de Recursos Hídricos do Estado, Gilberto Morais,
deu ontem um prazo de 24 horas
para que os próprios fazendeiros
desobstruam os afluentes dos rios
Gramame e Mamuaba. Ele ameaçou aplicar multas e prender quem
se recusar a desobstruir os rios.
"Se eles não destruírem, nós vamos mandar as máquinas da Cagepa e da secretaria destruir as barragens", afirmou Morais. Segundo
ele, após a destruição das barragens, o racionamento de água em
João Pessoa pode ser reduzido na
próxima semana.
Morais disse que os técnicos da
secretaria lacraram, esta semana,
30 bombas que utilizavam a água
dos rios na irrigação. Com o lacre,
a lâmina de água dos rios aumentou de 2 cm para 25 cm altura.
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