São Paulo, quarta, 27 de janeiro de 1999

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Rodízio reduziu a poluição

da Reportagem Local

O rodízio ambiental de veículos em São Paulo, que vigorou de maio a setembro de 98, evitou que 55 toneladas de monóxido de carbono fossem lançadas no ar.
Segundo a Cetesb, isso representou redução de 19% na quantidade do poluente que chegaria à atmosfera na região metropolitana.
Por mês, a frota da Grande São Paulo emite cerca de 96,6 mil toneladas de monóxido de carbono.
O rodízio limita o número de veículos em circulação no inverno, que é o período do ano mais crítico. Isso porque as condições do clima dificultam a dispersão dos poluentes. "Eles são emitidos e ficam confinados sobre a cidade", afirma Jesuíno Romano, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb.
No inverno de 98, houve condições favoráveis para dissipação das partículas nocivas à saúde em 82% dos dias. Em 97, de acordo com estudo da Cetesb, a marca ficou em 76%.
Mesmo com o calor recorde este mês, o Inpe não antecipa como será o inverno de 99. "Há várias fases climáticas até lá, que influenciam o período mais frio do ano", disse Prakki Satyamurty, chefe do Centro de Previsão do Tempo do Inpe.
Quando a concentração de poluentes aumenta, entra em vigor o estado de alerta.
"É preciso evitar fazer exercícios físicos nesses locais, pois o corpo absorve muito mais o ar contaminado", disse o médico pneumologista Clystenes Odyr Silva, 47, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).



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