São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

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FOLIAS

Rainha ferida por fogos recebe alta
A rainha da bateria da Mocidade Alegre, Nani Moreira, 27, teve alta do hospital ontem. Ela sofreu queimadura de segundo grau na mão e na testa, causada por fogos de artifícios instalados em seu chapéu. "Fiz dois testes [com o chapéu] antes da apresentação", disse. "Foi uma fatalidade, um incidente." Nani afirmou que os médicos lhe disseram que sua testa não ficará com cicatriz.

Minas Gerais Axé "rouba" foliões em Ouro Preto
O Carnaval de Ouro Preto agora tem axé. O que antes era meio improvisado, com som mecânico tocando os hits baianos em algum largo e pelos carros que invadiam a cidade histórica, a partir deste ano, tornou-se organizado e pago. O motivo principal dos shows: tirar um terço dos foliões do centro histórico e aliviar o risco ao patrimônio cultural da humanidade. Ainda assim, a tradição dos blocos dá o tom do Carnaval. Desde sexta, bandas baianas passam pelo palco montado no estacionamento da Universidade Federal de Ouro Preto, fora do centro histórico. Cerca de 10 mil pessoas pagam toda noite para participar da folia ao som do axé.
Enquanto isso, os blocos ouro-pretanos, durante o dia ou à noite, continuam subindo e descendo ladeiras, com muita gente atrás das batucadas.
Uma das atrações deste ano é o projeto Candongueiros, uma referência à candonga (instrumento de percussão). Um grupo de artistas e pesquisadores da cidade resolveu reviver, no largo da Alegria, músicas de antigos compositores da própria cidade que fizeram a alegria dos foliões nos anos 70 e 80.

Membro de escola morre eletrocutado
Em Manaus (AM), um integrante de uma escola de samba morreu eletrocutado quando um carro alegórico da agremiação bateu em um fio de alta tensão da rede elétrica na concentração do sambódromo. Em Porto Velho (RO), quatro mulheres seguiam internadas após o tombamento de um trio elétrico, que matou duas pessoas. Elas não corriam risco de morte.

Mascarados celebram circo
Sob o sol do meio-dia do Agreste nordestino, foliões mascarados, com luvas nas mãos e os corpos cobertos por mantas, transformaram ontem Bezerros (100 km de Recife) na principal atração do Carnaval de Pernambuco. Foi o dia do desfile dos papangus, os anônimos mascarados que dançam e brincam nas ruas, tentando esconder a identidade dos amigos e parentes -um dos objetivos da festa.
A folia reuniu, segundo a prefeitura, cerca de 600 mil pessoas, dez vezes o número de habitantes da cidade. Cerca de 30 blocos, animados por orquestras de frevo e maracatus, participaram. Eles cortaram a cidade em um desfile de 3 km, até a praça central. À noite, no palco erguido no local, artistas se revezaram em shows que só terminariam hoje de manhã.
O tema escolhido este ano foi "O Fantástico Mundo do Circo na Terra dos Papangus". Muitos foliões seguiram a indicação e desfilaram em pernas de pau ou com fantasias de palhaços e mágicos. A maioria, porém, optou pela irreverência ou pela simplicidade das máscaras e roupas coloridas. A tradição surgiu em 1905, quando amigos saíram às ruas usando máscaras para visitar amigos e parentes, sem serem reconhecidos. (FÁBIO GUIBU, DA AGÊNCIA FOLHA, EM BEZERROS)


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