São Paulo, Sábado, 27 de Fevereiro de 1999
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CLIMA
Três vítimas morreram soterradas e a outra foi arrastada pelas águas; congestionamento chegou a 140 km às 19h
Chuva de 5 horas mata 4 pessoas em SP

Sidinei Lopes/Folha Imagem
Vista geral da avenida Ricardo Jafet que ficou completamente alagada durante a chuva de ontem


GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local

Quatro pessoas morreram ontem - três em desabamentos de barracos e uma terceira possivelmente arrastada pela correnteza - após as chuvas que atingiram a cidade de São Paulo durante cinco horas.
Foi o segundo dia consecutivo de estragos causados pelas chuvas na capital. Foram registrados 42 pontos de alagamento e 140 km de congestionamento às 19h.
A chuva também prejudicou o tráfego aéreo. O aeroporto de Congonhas ficou fechado para pousos por quase uma hora.
As enchentes atingiram também seis cidades da Grande São Paulo.
A chuva começou por volta das 15h30 e atingiu quase todas as regiões da cidade.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil registraram pelo menos sete desabamentos. No Butantã (zona sudoeste), um homem morreu no desabamento de um barraco. O corpo de outro homem foi encontrado no córrego Butantã, possivelmente afogado após ser arrastado pela correnteza.
Outras duas pessoas morreram soterradas em um desabamento na avenida Sapopemba, na zona leste. Uma das vítimas é um rapaz com cerca de 20 anos. Uma mulher também foi retirada morta nos escombros.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que houve transbordamento nos rios Tietê e Tamanduateí, além dos córregos Pirajussara e Aricanduva. Vários carros ficaram submersos ou encalhados.
O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) informou que as tempestades foram causadas pela temperatura alta e pelo acúmulo de umidade. A Defesa Civil do Estado informou que a chuva acumulada até agora -sem contar ontem- superou em 77% a média de fevereiro da Grande São Paulo, de 118 mm.
O atraso na entrega de obras que poderiam acabar ou diminuir as enchentes em São Paulo também contribuiu para para as ocorrências de ontem. Segundo prefeitura e governo do Estado, o problema será resolvido em 2001.


Colaboraram Rodrigo Vergara e Marta Avancini,da Reportagem Local


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