|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Presidente do STF sugere cooperação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministro Marco Aurélio de Mello, defende a
cooperação entre as polícias estaduais, especialmente nos setores
de inteligência. Para ele, a solução
para a crise na segurança pública
depende de ações administrativas, como rigor na apuração de
desvios de conduta de policiais.
Marco Aurélio voltou a criticar
propostas de maior rigor com os
presos e disse que qualquer esforço de combate à criminalidade
deve preservar o respeito a garantias constitucionais. "Não podemos nos deixar levar por paixões
exacerbadas e pensar em prisão
perpétua, pena de morte, exacerbação da legislação penal, rigor
quanto à pena a ser aplicada."
Após o assassinato do juiz-corregedor Antonio José Machado
Dias, no dia 14, ele havia atacado
propostas de aumento das penas.
"Paga-se o preço de se viver em
democracia. Esse preço é o respeito à ordem jurídica".
Marco Aurélio lembrou que os
direitos constitucionais são geralmente acionados por cidadãos
acusados de crimes. "O Judiciário
não cria normas; aplica as existentes. Se elas favorecem quem
tem folha penal condenável, nem
por isso deixam de ser aplicáveis."
O presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), ministro Nilson Naves, defendeu a união dos
Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário para combater o crime
organizado e papel mais atuante
do Exército. Para ele, é preciso investir mais na polícia e na Justiça.
Texto Anterior: Segurança: Estados querem pacto contra crime Próximo Texto: Justiça sob ameaça: Presa suspeita de ligação com morte de juiz Índice
|