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OUTRO LADO
Fundação vai analisar situação dos processados
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos 39 denunciados pelas
supostas sessões de tortura
ocorridas em agosto de
2000, 19 ainda trabalham na
Febem e convivem com os
internos. A fundação diz que
vai avaliar a situação deles a
partir da denúncia do Ministério Público.
Segundo Fábio Saba, vice-presidente da fundação, nenhuma sindicância foi aberta na época para apurar o caso e nenhum funcionário foi
punido pelos episódios.
Dos denunciados, dois já
tiveram a demissão por justa
causa definida em portaria,
mas ainda não foram desligados porque estão em licença médica. Eles foram
punidos pela suposta tortura
ocorrida no complexo Raposo Tavares, também denunciada pela Promotoria.
Do restante dos réus, três
estão em licença médica,
mas não sofreram sindicância, quatro se demitiram e 11
foram demitidos, mas não
por justa causa -a saída deles não teve relação com a
suposta tortura ocorrida em
Franco da Rocha.
Fábio Saba ressaltou que o
caso ocorreu em uma administração anterior da Febem.
"Toda organização tem seus
problemas. Mas nossa intenção é evoluir", diz.
Segundo ele, a criação da
Corregedoria da Febem, em
maio de 2003, melhorou o
processo interno de apuração das denúncias.
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