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CORRUPÇÃO
Corretores apontados pelos moradores como cobradores de propina também negaram existência de irregularidades
BID e Estado dizem desconhecer denúncia
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Por meio da assessoria de relações externas, o BID afirmou que
assinou em janeiro de 2006 o contrato com o governo do Amazonas. Disse que as ações de desapropriação conduzidas pelo Estado ocorreram anteriormente a essa data. "O BID informou que não
tem conhecimento das denúncias", diz a nota enviada à Folha.
Segundo a assessoria do BID,
projetos financiados pela instituição são fiscalizados. "Atividades
de avaliação são incorporadas a
todas as fases do ciclo de qualquer
projeto apoiado pelo BID, a começar com os estudos durante o
processo de preparação, até que o
projeto tenha sido implementado, quando são feitos estudos e
avaliações de seu impacto."
O diretor-presidente da Suhab,
Robson Roberto, disse que os corretores que trabalham no Prosamim exercem o direito da categoria, que não havia credenciamento de corretores sob a responsabilidade do governo e que desconhecia as denúncias. "Das 3,2 mil
desapropriações, apenas seis foram por via judicial."
A Folha localizou os corretores
citados na reportagem. João Paulo dos Santos negou receber "por
fora". Afirmou que o dinheiro recebido, R$ 10 mil, foi pela casa
vendida na zona leste. Ao ser indagado se tinha credenciamento
do Creci para interceder nas desapropriações do Prosamim, respondeu: "Você está partindo para
um caminho que não é da sua alçada". Depois, desligou o celular.
O corretor Valter Araújo, que
intermediou a compra da casa da
beneficiária Marilda Cardoso, negou ter recebido vantagens no negócio. Disse que já participou de
20 desapropriações. "Sou corretor cadastrado no Prosamim. Eu
ganhei minha comissão de 6%,
que é o justo do meu trabalho, R$
1.200", afirmou.
(KÁTIA BRASIL)
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