São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Erro da Câmara adia reajuste para professor

Após aprovarem o texto principal, alguns vereadores saíram sem apreciar emendas sobre aumento de 15% na Educação

Pelo acordo fechado na Câmara, aumento seria aprovado após a análise de projetos de cada um dos vereadores, o que ocorreu

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma falha dos vereadores de São Paulo adiou a aprovação do projeto que autoriza o prefeito Gilberto Kassab (DEM) a reajustar os salários dos profissionais da Educação.
Após aprovarem o texto principal, que prevê o reajuste de 15% no salário-base de professores, parte dos vereadores que participaram da votação deixou o plenário sem apreciar também as emendas. "O pessoal não sabia e se mandou", disse o presidente Antonio Carlos Rodrigues (PR).
Com isso, não houve número suficiente de votos para que as emendas fossem analisadas e, dessa forma, elas precisarão ser submetidas a uma nova votação -o que pode ocorrer hoje.
Sem a votação das emendas, o projeto não pode ser considerado aprovado. Pela legislação eleitoral, Kassab tem até o dia 8 de abril para conceder o reajuste. Depois disso, fica impedido.
Durante a votação do projeto, o PT se absteve porque o novo texto apresentado pelo governo ontem trazia modificações sobre cargos em comissão. Segundo os petistas, a proposta nova permite ao prefeito nomear funcionários que não são da área, o que não estava previsto no acordo.
A aprovação do aumento do reajuste aos profissionais da educação estava desenhado desde anteontem quando os líderes das bancadas fizeram novo acordo. Para aprovar o aumento, cada um dos 55 vereadores teria direito de apresentar um projeto de sua autoria com a certeza de aprovação, independentemente do teor dele.
E isso acabou ocorrendo. Em cerca de uma hora e quarenta minutos, os parlamentares aprovaram 59 projetos.
Entre os aprovados, está o projeto de Jooji Hato (PMDB) que veta o tráfego de caminhões no centro expandido das 7h às 10h e das 17h às 20h -o mesmo horário do rodízio de veículos. O projeto foi aprovado em primeira votação e, para ser sancionado pelo prefeito, precisa ser votado outra vez.
Em segunda votação, foi aprovado o projeto da vereadora Soninha Francine (PPS) que obriga todos os órgãos municipais a divulgar na internet a relação dos seus funcionários.
Também foi aprovado em votação final o texto do tucano Dalton Silvano que declara de utilidade pública um prédio tombado próximo ao parque da Aclimação (zona sul). O prédio, estimado em cerca de R$ 9 milhões, pertence à construtora Camargo Corrêa.
Se sancionada por Kassab, a lei pode livrar a construtora de um mico milionário, já que, com o tombamento aprovado em 2007, ela não poderia mais construir um de seus empreendimentos no local.


Texto Anterior: Segurança: Homem é preso acusado de pedofilia em SP
Próximo Texto: Projetos aprovados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.