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Aliados de Kassab admitem risco em revisão do Plano Diretor
DA REPORTAGEM LOCAL
A bancada do PSDB, principal força de sustentação do prefeito Gilberto Kassab (DEM)
na Câmara Municipal, já admite debater o que entidades de
bairro e urbanistas vêm alertando desde que a revisão do
Plano Diretor chegou ao Legislativo, no final de 2007: ao simplificar a legislação que orienta
o uso do solo e o crescimento de
São Paulo, o projeto pode abrir
brechas para o adensamento de
regiões da cidade.
Na prática, isso quer dizer
que bairros onde já existe uma
alta concentração de prédios
poderiam receber novos empreendimentos imobiliários,
aumentando ainda mais o número e a altura das edificações.
"Essa revisão deixou a questão do adensamento mais explicitada. Precisamos debater
isso com carinho na bancada",
diz Gilberto Natalini, vereador
tucano que apresentou o parecer pela legalidade da revisão,
aprovado na Comissão de
Constituição e Justiça.
Tal percepção ainda é polêmica entre os tucanos. O líder
do governo na Casa e defensor
ferrenho do projeto original de
Kassab, José Police Neto
(PSDB), sustenta que as únicas
regiões que receberão empreendimentos imobiliários
acima das restrições atuais são
aquelas que serão alvo de operações urbanas já previstas no
Plano Diretor original, aprovado em 2002 na gestão de Marta
Suplicy (PT).
Operações urbanas permitem que o empreendedor construa prédios maiores do que determina o zoneamento desde
que pague uma contrapartida à
prefeitura -investida, por
exemplo, no transporte coletivo da região.
(CC)
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