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Pesquisa tem verba cortada
da Sucursal do Rio
Centro de referência no estudo da dengue no Brasil, o laboratório de Virologia do IOC
(Instituto Oswaldo Cruz), no
Rio, tem parte de suas pesquisas sobre diagnóstico da doença prejudicadas por causa de
um corte de orçamento feito
pelo Ministério da Saúde.
Segundo o chefe do Departamento de Virologia do IOC,
Hermann Schatzmayr, desde
96 o ministério fez um corte de
R$ 60 mil anuais nas verbas enviadas à instituição. O IOC é ligado à Fundação Oswaldo
Cruz, um dos principais centros de pesquisas em vacinas
do país. Hoje, o produto utilizado no teste Elisa -que identifica o vírus- é importado
dos EUA e de Cuba. Uma caixa
com material para 46 testes
custa cerca de R$ 1.200.
"Não sei de quanto seria a
economia que o país faria caso
conseguíssemos finalizar esse
produto", afirma Schatzmayr.
O laboratório faz testes de
diagnóstico de dengue para o
Rio, ES e outros Estados.
Ex-presidente da Fundação
Oswaldo Cruz, Schatzmayr, 61,
trabalha na instituição há 39
anos e é virologista. Em 86, foi
o primeiro cientista a isolar o
vírus da dengue no Rio.
Schatzmayr disse que a falta
de inseticida certamente influenciou o aumento do número de casos, mas afirmou que a
doença poderá ser superada.
"Se o governo retomar com
toda a força o plano de erradicação do Aedes aegypti, que
previa verbas anuais de R$ 1 bilhão para o combate à dengue,
acho que será possível sair da
epidemia. Em 86 e 95, tivemos
situações piores."
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