São Paulo, sábado, 27 de abril de 2002

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SEGURANÇA

Benedito Mariano defende aumento do efetivo de guardas-civis

Ouvidor assumirá nova secretaria

DA REPORTAGEM LOCAL

O ouvidor-geral da Prefeitura de São Paulo, Benedito Mariano, aceitou ontem o convite feito pela prefeita Marta Suplicy (PT) para assumir a futura Secretaria da Segurança Urbana. A criação da pasta está condicionada à sua aprovação pela Câmara. Ainda não há confirmação sobre o substituto do ouvidor.
O fortalecimento da Guarda Civil Municipal é a principal bandeira levantada por Mariano. Ele afirmou que pretende aumentar o efetivo (dos atuais 5.500 para 7.000), criar um plano de cargos e carreira, elevar a auto-estima do grupo e aprovar um regimento disciplinar para os guardas.
Há também a previsão de compra de coletes à prova de balas e investimentos em equipamentos.
"A prioridade é ampliar a GCM, que vai proteger preventivamente quem trabalha e utiliza logradouros públicos", afirmou o ouvidor.
Segundo Mariano, novas comissões civis comunitárias funcionarão como fóruns de decisão e articulação da Guarda Civil Metropolitana, definindo seus pontos de atuação.
O ouvidor adiantou, porém, que as escolas municipais serão priorizadas pelos guardas que estiverem sob sua orientação.
O patrulhamento das áreas não deve "concorrer" com a Polícia Militar, e sim buscar uma "integração", segundo ele.

Críticas
Na segunda-feira, o secretário da Segurança Pública criticou a iniciativa da prefeita Marta Suplicy de criar uma nova secretaria. Segundo Saulo de Castro Abreu Filho, não há razão para que a prefeitura tenha uma secretaria que cuide de segurança.
O futuro secretário evitou criticar as declarações de Abreu Filho. Mariano disse apenas que "há vários mecanismos de integração entre Estado e prefeitura".
Sobre o trabalho em conjunto, afirmou que tem uma "perspectiva" de harmonia com a pasta estadual. Segundo Mariano, sua relação com Abreu Filho é feita de vários "contatos positivos".
Atualmente a pauta da Câmara está parada, devido a negociações. O projeto que cria a secretaria foi enviado em regime de urgência em março. A secretaria terá 96 cargos de confiança.
O primeiro nome é o de Mariano, que já foi ouvidor das polícias e um dos coordenadores do Plano de Segurança Pública. O plano é parte do programa de governo do pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



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