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SEGURANÇA
Benedito Mariano defende aumento do efetivo de guardas-civis
Ouvidor assumirá nova secretaria
DA REPORTAGEM LOCAL
O ouvidor-geral da Prefeitura
de São Paulo, Benedito Mariano,
aceitou ontem o convite feito pela
prefeita Marta Suplicy (PT) para
assumir a futura Secretaria da Segurança Urbana. A criação da
pasta está condicionada à sua
aprovação pela Câmara. Ainda
não há confirmação sobre o substituto do ouvidor.
O fortalecimento da Guarda Civil Municipal é a principal bandeira levantada por Mariano. Ele afirmou que pretende aumentar o
efetivo (dos atuais 5.500 para
7.000), criar um plano de cargos e
carreira, elevar a auto-estima do
grupo e aprovar um regimento
disciplinar para os guardas.
Há também a previsão de compra de coletes à prova de balas e
investimentos em equipamentos.
"A prioridade é ampliar a GCM,
que vai proteger preventivamente
quem trabalha e utiliza logradouros públicos", afirmou o ouvidor.
Segundo Mariano, novas comissões civis comunitárias funcionarão como fóruns de decisão e articulação da Guarda Civil Metropolitana, definindo seus pontos de atuação.
O ouvidor adiantou, porém,
que as escolas municipais serão
priorizadas pelos guardas que estiverem sob sua orientação.
O patrulhamento das áreas não
deve "concorrer" com a Polícia
Militar, e sim buscar uma "integração", segundo ele.
Críticas
Na segunda-feira, o secretário
da Segurança Pública criticou a
iniciativa da prefeita Marta Suplicy de criar uma nova secretaria.
Segundo Saulo de Castro Abreu
Filho, não há razão para que a
prefeitura tenha uma secretaria
que cuide de segurança.
O futuro secretário evitou criticar as declarações de Abreu Filho.
Mariano disse apenas que "há vários mecanismos de integração
entre Estado e prefeitura".
Sobre o trabalho em conjunto,
afirmou que tem uma "perspectiva" de harmonia com a pasta estadual. Segundo Mariano, sua relação com Abreu Filho é feita de vários "contatos positivos".
Atualmente a pauta da Câmara
está parada, devido a negociações.
O projeto que cria a secretaria foi
enviado em regime de urgência
em março. A secretaria terá 96
cargos de confiança.
O primeiro nome é o de Mariano, que já foi ouvidor das polícias
e um dos coordenadores do Plano
de Segurança Pública. O plano é
parte do programa de governo do
pré-candidato à Presidência Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
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