DO "AGORA"

Os desempregados Francenildo Cosme de Souza, 28, conhecido como Nildo, e Maria do Socorro Amâncio da Silva, 43, conhecida como Corrinha, foram presos na manhã de ontem acusados de vender drogas aos alunos da escola estadual Professora Leonor Rondesi, em frente à favela Sapolândia, em Ermelino Matarazzo (zona leste de São Paulo).
De acordo com polícia, os alunos -que têm idades (aproximadas) entre sete e 17 anos- trocavam dez passes por cerca de cinco gramas de maconha.
No barraco de Nildo, que fica aos fundos do campo de futebol da escola, foram apreendidos 200 kg de maconha embalados em tijolos, 12 passes escolares, cerca de 50 g de crack, além de três celulares e uma balança. A droga estava empilhada ao lado de um armário e media cerca de um metro. No barraco ao lado, onde mora a desempregada, foram encontradas outras 45 trouxinhas de maconha.
Segundo a polícia, a droga havia sido recebida no último sábado. Policiais do Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos) receberam uma denúncia anônima, na última sexta-feira, sobre o tráfico que atingia a escola. O casal foi identificado e seguido durante o final de semana, e só não foi preso, segundo a polícia, devido ao intenso movimento de moradores da região.

Esquema
O possível envolvimento de pelo menos outras três pessoas no esquema também será investigado. Todas são, segundo a polícia, moradoras da mesma favela.
Ainda segundo a polícia, Nildo alegou que guardava a droga para um amigo, e Corrinha negou que estivesse envolvida com o tráfico. Ela disse que os papelotes encontrados em sua casa eram para consumo próprio.
Os dois acusados, ainda de acordo com os policiais, não haviam constituído advogados até o início da noite de ontem.


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