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Tremor no Norte é o pior no país em 3 anos
Com 4,9 graus na escala Richter, sismo na Amazônia ocorreu domingo à noite e foi sentido em cidade do Acre, mas não fez vítimas
Terremoto é o maior no Brasil desde o registrado em Caraíbas (MG), de mesma intensidade, mas que foi o 1º a causar morte no país
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O tremor de 4,9 graus na escala Richter ocorrido no domingo à noite na Amazônia foi
o maior no Brasil desde 2007,
quando um terremoto em Caraíbas (MG) causou a primeira
morte decorrente de abalos sísmicos no país.
Com epicentro no extremo
oeste do Amazonas, na divisa
com o Peru, o terremoto foi
sentido pela população de Cruzeiro do Sul (AC), mas não houve danos materiais ou vítimas.
Segundo o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), o tremor de Minas é considerado o pior do país
devido à morte -o sismo foi
também de magnitude 4,9. O
mais forte terremoto já registrado no país ocorreu em Mato
Grosso, em 1955, com 6,2 graus.
De acordo com o professor
Lucas Vieira Barros, o tremor
de domingo teve intensidade
média, com profundidade de 17
km. Como ocorreu em uma região de floresta densa, não causou danos. Barros afirmou que,
se a região fosse urbanizada
com moradias precárias, por
exemplo, as consequências seriam gravíssimas.
Segundo Barros, tremores de
magnitude 5 ocorrem em média a cada cinco anos no Brasil.
"O nosso território está localizado no interior da placa tectônica da América do Sul, onde as
rochas são favoráveis à propagação de ondas sísmicas. A
energia das ondas se perde
mais lentamente do que nos limites de placas, onde as rochas
são mais quebradas e atenuam
mais fortemente essas ondas."
O superintendente do Serviço Geológico do Brasil no Amazonas, o geólogo Marco Oliveira, disse que a profundidade do
terremoto de domingo é preocupante por ser pequena.
Segundo a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, moradores da zona central da cidade sentiram o
abalo do tremor de domingo
por aproximadamente quatro
segundos, mas não houve pânico. Também não houve relatos
de danos em aldeias indígenas
da região, disse a Funai.
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