São Paulo, terça-feira, 27 de abril de 2010

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Tremor no Norte é o pior no país em 3 anos

Com 4,9 graus na escala Richter, sismo na Amazônia ocorreu domingo à noite e foi sentido em cidade do Acre, mas não fez vítimas

Terremoto é o maior no Brasil desde o registrado em Caraíbas (MG), de mesma intensidade, mas que foi o 1º a causar morte no país


KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O tremor de 4,9 graus na escala Richter ocorrido no domingo à noite na Amazônia foi o maior no Brasil desde 2007, quando um terremoto em Caraíbas (MG) causou a primeira morte decorrente de abalos sísmicos no país.
Com epicentro no extremo oeste do Amazonas, na divisa com o Peru, o terremoto foi sentido pela população de Cruzeiro do Sul (AC), mas não houve danos materiais ou vítimas.
Segundo o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), o tremor de Minas é considerado o pior do país devido à morte -o sismo foi também de magnitude 4,9. O mais forte terremoto já registrado no país ocorreu em Mato Grosso, em 1955, com 6,2 graus.
De acordo com o professor Lucas Vieira Barros, o tremor de domingo teve intensidade média, com profundidade de 17 km. Como ocorreu em uma região de floresta densa, não causou danos. Barros afirmou que, se a região fosse urbanizada com moradias precárias, por exemplo, as consequências seriam gravíssimas.
Segundo Barros, tremores de magnitude 5 ocorrem em média a cada cinco anos no Brasil. "O nosso território está localizado no interior da placa tectônica da América do Sul, onde as rochas são favoráveis à propagação de ondas sísmicas. A energia das ondas se perde mais lentamente do que nos limites de placas, onde as rochas são mais quebradas e atenuam mais fortemente essas ondas."
O superintendente do Serviço Geológico do Brasil no Amazonas, o geólogo Marco Oliveira, disse que a profundidade do terremoto de domingo é preocupante por ser pequena.
Segundo a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, moradores da zona central da cidade sentiram o abalo do tremor de domingo por aproximadamente quatro segundos, mas não houve pânico. Também não houve relatos de danos em aldeias indígenas da região, disse a Funai.


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