São Paulo, terça-feira, 27 de abril de 2010

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Executivo é achado morto perto de shopping center

Vítima estava no banco do passageiro de seu carro, com um tiro no pescoço, em rua próxima do shopping Cidade Jardim

Segundo a polícia, o homem sofreu sequestro relâmpago na zona sul e foi deixado em bairro nobre de São Paulo


JAMES CIMINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Executivo de uma multinacional de produtos farmacêuticos, Carlos Eduardo Viviani, 43, foi encontrado morto na tarde de ontem ao lado do shopping Cidade Jardim, zona oeste de São Paulo. Ele levou ao menos um tiro, no pescoço.
Viviani estava no banco do passageiro de seu carro, um Corolla prata, abandonado na rua Padre José Griecco, via predominantemente residencial, de alto padrão, do bairro Real Parque. Segundo o boletim de ocorrência, registrado no 34º DP, o executivo foi vítima de um sequestro relâmpago iniciado no Jabaquara, bairro de classe média na zona sul.
De acordo com um parente da vítima, Viviani estava provavelmente na região de Moema, pois o escritório de seu contador fica por lá - o executivo, sua mulher e os dois filhos são moradores do bairro de Perdizes (zona oeste).
O delegado Nelson Benito Jr. disse não haver certeza do local do início do sequestro.
Segundo o B.O., na hora em que o executivo foi sequestrado, policiais estavam por perto e iniciaram uma perseguição. Depois de alguns minutos, os policiais perderam de vista o carro de Viviani, sob o comando dos sequestradores, na região da avenida das Nações Unidas.
O corpo do executivo foi achado ao lado do shopping Cidade Jardim por volta das 16h, pela empregada de uma casa localizada na vizinhança.
Um soldado da PM que aguardava a perícia no local onde o carro foi encontrado disse que Viviani estava com dois homens no veículo, que o teriam matado e fugido a pé.
Familiares do executivo disseram que não acreditam que ele tenha reagido ao sequestro.

Pelo rádio
De acordo com o B.O., a mulher do empresário, Eliane Silvério Ferreira, 34, soube da morte do marido pelo rádio e foi para o 34º DP.
À noite, aflita, ela conversava na delegacia, por telefone, com o irmão gêmeo de Viviani, que estava em Curitiba. "Guto, você entendeu o que aconteceu. Como vou contar isso para o L. e para a B. [filhos do casal, cujos nomes estão preservados neste texto]?"
Ao desligar o telefone, implorava que um dos investigadores lhe dissesse a verdade: "Vocês já contaram para minha irmã, para o meu chefe, pelo amor de Deus, contem para mim!".
Por volta das 21h30, era possível ouvir os gritos desesperados de Eliane, na parte reservada da delegacia. Segundo o delegado, ela teve de tomar medicamentos e foi levada do local carregada.


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