São Paulo, domingo, 27 de maio de 2001

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Nova campanha quer atingir o fumante passivo

DA REPORTAGEM LOCAL

"O cigarro faz mal até para quem não fuma." Este será o mote da campanha publicitária do Inca (Instituto Nacional do Câncer) no Dia Mundial Sem Tabaco, segundo a chefe da divisão do Programa de Controle do Tabagismo do órgão, Tânia Cavalcante.
O Inca, responsável pelas políticas antitabagistas do Ministério da Saúde, segue orientação da OMS, que elegeu o fumo passivo como tema do dia mundial.
Segundo dados fornecidos pelo instituto, com base em literatura mundial, fumantes passivos têm 30% mais chance de desenvolver câncer de pulmão do que pessoas que não respiram a fumaça alheia.
Segundo o chefe-substituto do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, Ricardo Henrique Meirelles, a fumaça respirada pelo fumante passivo possui três vezes mais nicotina e 50 vezes mais substâncias cancerígenas, porque ela não passa pelo filtro do cigarro.
Mas o fumante continua sendo o maior prejudicado, porque aspira tanto a fumaça filtrada como a que vai para o ambiente. "É importante alertar que as pessoas também ficam doentes por conviverem com fumantes", afirmou Meirelles.

Lei
Uma lei federal de 96 proibiu o fumo em áreas coletivas, exceto em locais que têm espaços apropriados.
Legislações estaduais e municipais têm a mesma direção. O Inca desenvolveu em 1998 um programa para estruturar ambientes livres do fumo, ainda tímido -só 1.200 empresas no país receberam essa classificação até hoje, segundo o instituto.



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