São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Funcionários municipais e representantes da prefeitura fazem hoje nova rodada de negociação salarial

Servidores pedem aumento em ato público

DA REPORTAGEM LOCAL

Os servidores municipais fazem hoje, a partir das 14h, um ato em frente ao Palácio das Indústrias, sede da Prefeitura de São Paulo (centro de SP). No mesmo horário, começará nova rodada de negociação salarial entre o funcionalismo e a administração. Na semana passada, a discussão terminou em impasse.
Os servidores, que tem data-base no dia 1º de maio, reivindicam 62,62% de reposição de perdas com a inflação registrada desde 1994. Na última rodada de negociação, contudo, a prefeitura ofereceu reajuste de 2%.
Antes da negociação da última quarta-feira, o governo não havia proposto reajuste.
Os servidores também recuaram no último encontro. Eles sinalizaram que aceitariam negociar apenas a reposição das perdas da gestão Marta Suplicy (PT). O pagamento do restante seria discutido futuramente.

Oferta
Como a contraproposta da administração foi rejeitada em assembléia dos servidores na semana passada, a expectativa é que a prefeitura melhore sua oferta na negociação de hoje.
A secretária Helena Kerr do Amaral (Gestão Pública) já admitiu a possibilidade de a prefeitura assinar protocolo para programar pagamento de perdas com a inflação registrada na gestão Marta. A proposta, porém, não foi feita oficialmente aos sindicatos.
Pelo IPC-Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), chega a 8,16% o índice de inflação acumulado de janeiro do ano passado a abril deste ano.
Pelos cálculos da administração, apenas 36 mil dos 168 mil servidores terão perda, em relação à inflação de 8,16%, se aceitarem o aumento de 2% já oferecido. Esses funcionários, segundo os cálculos da Secretaria das Finanças, teriam perda de 1,94%.
Os funcionários não concordam com o cálculo, pois a prefeitura incluiu nas contas um aumento de 3,26% dado pela atual gestão, no ano passado. O reajuste, segundo os servidores, deveria ter sido aplicado nos salários do funcionalismo na gestão Celso Pitta (PSL, 97-00). Por isso, eles consideram que Marta não pode computar o índice como reajuste dado em sua administração.
A questão pode manter o impasse nas negociações de hoje. Outro problema será o fato de que a prefeita não se envolverá diretamente nas discussões, como pediram os servidores em um ato na avenida Paulista na semana passada. A reivindicação foi feita após Marta participar de negociações para evitar paralisações de motoristas e cobradores.


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