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ADMINISTRAÇÃO
Funcionários municipais e representantes da prefeitura fazem hoje nova rodada de negociação salarial
Servidores pedem aumento em ato público
DA REPORTAGEM LOCAL
Os servidores municipais fazem
hoje, a partir das 14h, um ato em
frente ao Palácio das Indústrias,
sede da Prefeitura de São Paulo
(centro de SP). No mesmo horário, começará nova rodada de negociação salarial entre o funcionalismo e a administração. Na semana passada, a discussão terminou em impasse.
Os servidores, que tem data-base no dia 1º de maio, reivindicam
62,62% de reposição de perdas
com a inflação registrada desde
1994. Na última rodada de negociação, contudo, a prefeitura ofereceu reajuste de 2%.
Antes da negociação da última
quarta-feira, o governo não havia
proposto reajuste.
Os servidores também recuaram no último encontro. Eles sinalizaram que aceitariam negociar apenas a reposição das perdas
da gestão Marta Suplicy (PT). O
pagamento do restante seria discutido futuramente.
Oferta
Como a contraproposta da administração foi rejeitada em assembléia dos servidores na semana passada, a expectativa é que a
prefeitura melhore sua oferta na
negociação de hoje.
A secretária Helena Kerr do
Amaral (Gestão Pública) já admitiu a possibilidade de a prefeitura
assinar protocolo para programar
pagamento de perdas com a inflação registrada na gestão Marta. A
proposta, porém, não foi feita oficialmente aos sindicatos.
Pelo IPC-Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas),
chega a 8,16% o índice de inflação
acumulado de janeiro do ano passado a abril deste ano.
Pelos cálculos da administração, apenas 36 mil dos 168 mil servidores terão perda, em relação à
inflação de 8,16%, se aceitarem o
aumento de 2% já oferecido. Esses funcionários, segundo os cálculos da Secretaria das Finanças,
teriam perda de 1,94%.
Os funcionários não concordam com o cálculo, pois a prefeitura incluiu nas contas um aumento de 3,26% dado pela atual
gestão, no ano passado. O reajuste, segundo os servidores, deveria
ter sido aplicado nos salários do
funcionalismo na gestão Celso
Pitta (PSL, 97-00). Por isso, eles
consideram que Marta não pode
computar o índice como reajuste
dado em sua administração.
A questão pode manter o impasse nas negociações de hoje.
Outro problema será o fato de que
a prefeita não se envolverá diretamente nas discussões, como pediram os servidores em um ato na
avenida Paulista na semana passada. A reivindicação foi feita
após Marta participar de negociações para evitar paralisações de
motoristas e cobradores.
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