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OUTRO LADO
Entidade afirma atender 245 mil pessoas ao ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Armando Vergílio dos Santos Júnior, presidente da Fenacor, que representa e defende
os sindicatos dos corretores de
seguro, diz que a ação do Ministério Público Federal está
"dissociada da legislação" e
"distorce de forma injusta" a
atuação de "grande relevância
social" dos Sincors.
Santos Júnior afirma que a
Fenacor já entrou com agravo
regimental para que ela seja revista. "Foi um grande equívoco", diz ele.
Segundo ele, embora os beneficiários possam ir diretamente às seguradoras para obter as indenizações, sem intermediação de corretores, mais
de 245 mil pessoas acabam sendo atendidas anualmente pelos
Sincors em busca de informações do DPVAT.
O trabalho dos sindicatos para justificar a obtenção de
0,5964% da receita do DPVAT,
segundo ele, é, por exemplo, a
prestação de esclarecimentos à
população de forma gratuita,
disponibilizando, inclusive,
serviços 0800.
Santos Júnior atribui aos Sincors a elevação do número de
indenizações desde 1995 e diz
que a divulgação do DPVAT é
importante para a evitar a atuação de máfias que dão golpe em
vítimas de acidente de trânsito.
O presidente da Fenacor diz
que Procuradorias do Rio, de
Goiás e de Brasília já se manifestaram de forma favorável ao
repasse aos Sincors. Afirma
também que o reembolso pedido pelo Ministério Público está
"superdimensionado".
O corretor Luís Stefano Grigolin, opositor da atual diretoria do Sincor de São Paulo, diz
ser equivocada a posição da Fenacor. Ele afirma que os esclarecimentos prestados à população a respeito do DPVAT são
uma obrigação das entidades e
que esse serviço não acrescenta
custos. "Eles são obrigados a
manter uma estrutura de atendimento independentemente
do DPVAT, já que precisam
atender os associados sobre os
demais assuntos."
Grigolin também acusa os
Sincors de utilizarem esses recursos do DPVAT para a manutenção da máquina sindical
e até mesmo para financiamento de campanhas eleitorais.
Leôncio de Arruda, vice-presidente do Sincor de São Paulo,
diz que as denúncias são "descabidas". "São acusações pessoais, feitas por um sindicalista
que perdeu uma eleição para
comandar a entidade."
A Fenaseg informou, por
meio de sua assessoria, que sua
função é apenas cumprir as determinações do Ministério da
Fazenda. Se forem determinadas mudanças nos repasses, ela
as fará imediatamente.
A Susep, órgão do ministério
que cuida do DPVAT, informou que a questão está sub judice, dependendo ainda de julgamento final.
(AI)
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