São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 2005
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SÃO PAULO SUBMERSA Serra e Alckmin prometem parceria em construção, mas ainda não há verba nem terreno assegurado Após mal-estar, tucanos anunciam piscinão
VICTOR RAMOS DA REPORTAGEM LOCAL Um terreno particular na divisa de São Paulo com Taboão da Serra foi o cenário arranjado ontem pelos tucanos para que o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin aparecessem juntos em público pela primeira vez depois do mal-estar causado pelo alagamento da marginal Tietê. No terreno, ao lado do córrego Pirajussara, há o projeto de um piscinão em uma parceria entre Estado e município. Não há ainda nem verba garantida para a desapropriação do imóvel. O encontro entre o governador e o prefeito foi agendado às pressas depois que declarações de Geraldo Alckmin sobre a necessidade de bombas hidráulicas sob as pontes da marginal -responsabilidade da Prefeitura de São Paulo- contrariaram José Serra. Questionado sobre o que já estaria definido em relação à construção do piscinão, o governador afirmou que a obra, "dentro do projeto de macrodrenagem, é uma das possibilidades". Alckmin declarou, porém, que ainda "precisaria verificar o custo". Segundo o acordo firmado entre os tucanos, a prefeitura cederia o terreno -que ainda não está em sua propriedade- e o Estado seria o responsável pelas obras. "Vamos fazer um esforço, nem que tenhamos que vender outros terrenos para poder trocar e pagar por este daqui", afirmou Serra. Além disso, o prefeito ainda solicitou a participação da Prefeitura de Taboão da Serra. Serra negou que o encontro tenha sido apenas em resposta às notícias sobre o mal-estar. "Esse encontro foi combinado ontem [quarta-feira]. Não tem nada a ver com notícias da imprensa. Aqui é uma área que já estamos estudando", disse o prefeito. A respeito das bombas hidráulicas na marginal Tietê, José Serra afirmou que "não há nenhum desacordo" entre ele e o governador. Em seguida, o prefeito afirmou: "É evidente que, quando há uma inundação e o rio transborda, a bomba só pode levar água para água. Quando há o refluxo, é bom ter mais bombas para a limpeza." Alckmin negou que estivesse arrependido por insistir na questão das bombas hidráulicas em entrevistas anteontem à imprensa. "A questão principal é o rebaixamento e o alargamento da calha do rio. O segundo aspecto são os reservatórios. O terceiro [as bombas hidráulicas] é acessório, mas ajuda", afirmou o governador. Anteontem, Alckmin disse que "o problema grave hoje não é o rio Tietê, são as marginais. O fato é que a água não volta [da pista ao rio]". As declarações levaram Serra a telefonar para o governador, cobrando explicações. Texto Anterior: Acidente: Queda de muro mata 3 na Chácara Flora Próximo Texto: Especialistas sugerem paliativos Índice |
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