São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Preso o 4º acusado de assalto à Tiffany

Suspeito localizado em Mongaguá é, diz a polícia, o homem que aparece de gravata em imagem no elevador

Joalheria informou à Polícia Civil só o valor de custo das 72 peças levadas no assalto do dia 16: R$ 1,5 milhão

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Foi preso ontem o quarto acusado de participar, no dia 16, do assalto à joalheria Tiffany & Co. do shopping Cidade Jardim (zona oeste), um dos mais sofisticados de SP. A prisão foi feita por policiais do Deic (departamento de roubos), da Polícia Civil.
O suspeito estava escondido em Mongaguá, município do litoral sul a 89 km de SP, e foi localizado pela Divecar (divisão de roubos de veículos e de carga), do Deic. Outros três acusados pelo roubo já estão presos.
Até agora, a Polícia Civil ainda não localizou as joias roubadas.
A Tiffany não divulgou o valor dos produtos, mas entregou uma lista aos policiais do caso com o valor de custo das 72 peças levadas: R$ 1,5 milhão. Os investigadores estimam, porém, que o valor de mercado do material pode ser até 40% maior que o de custo.
O acusado preso na manhã de ontem em Mongaguá é o homem que aparece de roupa social, gravata preta e óculos escuros na testa nas imagens do circuito de segurança do elevador n.º 9 do shopping Cidade Jardim.

INFORMAÇÃO INTERNA
Imagens de câmeras da parte interna da Tiffany foram entregues à polícia na sexta-feira e têm sido analisadas para identificar os outros quatro homens que participaram do crime e ainda estão nas ruas.
Pela análise das imagens do Cidade Jardim e da joalheria, a polícia formou convicção de que a quadrilha tinha informações privilegiadas sobre o funcionamento do shopping e da própria loja.
Somente o primeiro dos quatro presos pelo assalto teve seu nome revelado pela polícia até agora.
No dia 18, policiais civis do 42º DP (Parque São Lucas) prenderam Jeferson Luiz de Lima, 31, o Twin. A partir dele, outros dois acusados foram presos no fim de semana pelo Deic e, ontem, mais um.
A investigação do roubo à Tiffany está concentrada na Divecar porque um dos policiais desse setor do Deic é um veterano investigador que tem informações sobre quadrilhas de bairros do extremo leste da capital.

CELULAR NA CADEIA
Escutas telefônicas realizadas pela Polícia Civil em telefones celulares em poder de presidiários ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e que estão na região oeste do Estado têm sido usadas na investigação do assalto à Tiffany.
Em várias gravações, presos foram flagrados ao falarem sobre a região nas quais vivem e os apelidos de alguns participantes do crime.
Uma das linhas de investigação da polícia aponta uma ligação dos ladrões da joalheria com dois criminosos do PCC presos e especializados em roubar joias, bancos e condomínios de luxo.


Texto Anterior: Outro lado: Estados dizem ter problemas para fazer obras
Próximo Texto: Crime organizado: Marcola é condenado a 12 anos de prisão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.