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Preso o 4º acusado de assalto à Tiffany
Suspeito localizado em Mongaguá é, diz a polícia, o homem que aparece de gravata em imagem no elevador
Joalheria informou à Polícia Civil só o valor de custo das 72 peças levadas no assalto do dia 16: R$ 1,5 milhão
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Foi preso ontem o quarto
acusado de participar, no dia
16, do assalto à joalheria Tiffany & Co. do shopping Cidade Jardim (zona oeste), um
dos mais sofisticados de SP.
A prisão foi feita por policiais
do Deic (departamento de
roubos), da Polícia Civil.
O suspeito estava escondido em Mongaguá, município
do litoral sul a 89 km de SP, e
foi localizado pela Divecar
(divisão de roubos de veículos e de carga), do Deic. Outros três acusados pelo roubo
já estão presos.
Até agora, a Polícia Civil
ainda não localizou as joias
roubadas.
A Tiffany não divulgou o
valor dos produtos, mas entregou uma lista aos policiais
do caso com o valor de custo
das 72 peças levadas:
R$ 1,5 milhão. Os investigadores estimam, porém, que o
valor de mercado do material
pode ser até 40% maior que o
de custo.
O acusado preso na manhã de ontem em Mongaguá
é o homem que aparece de
roupa social, gravata preta e
óculos escuros na testa nas
imagens do circuito de segurança do elevador n.º 9 do
shopping Cidade Jardim.
INFORMAÇÃO INTERNA
Imagens de câmeras da
parte interna da Tiffany foram entregues à polícia na
sexta-feira e têm sido analisadas para identificar os outros quatro homens que participaram do crime e ainda
estão nas ruas.
Pela análise das imagens
do Cidade Jardim e da joalheria, a polícia formou convicção de que a quadrilha tinha
informações privilegiadas
sobre o funcionamento do
shopping e da própria loja.
Somente o primeiro dos
quatro presos pelo assalto teve seu nome revelado pela
polícia até agora.
No dia 18, policiais civis do
42º DP (Parque São Lucas)
prenderam Jeferson Luiz de
Lima, 31, o Twin. A partir dele, outros dois acusados foram presos no fim de semana
pelo Deic e, ontem, mais um.
A investigação do roubo à
Tiffany está concentrada na
Divecar porque um dos policiais desse setor do Deic é um
veterano investigador que
tem informações sobre quadrilhas de bairros do extremo
leste da capital.
CELULAR NA CADEIA
Escutas telefônicas realizadas pela Polícia Civil em telefones celulares em poder
de presidiários ligados à facção criminosa PCC (Primeiro
Comando da Capital) e que
estão na região oeste do Estado têm sido usadas na investigação do assalto à Tiffany.
Em várias gravações, presos foram flagrados ao falarem sobre a região nas quais
vivem e os apelidos de alguns participantes do crime.
Uma das linhas de investigação da polícia aponta uma
ligação dos ladrões da joalheria com dois criminosos
do PCC presos e especializados em roubar joias, bancos e
condomínios de luxo.
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