São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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Baratas tiram "racha" em alerta por higiene

Corrida acontece em SP até quarta-feira

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

Hábitos noturnos. Gosto por bueiros e tubulações de esgoto. Por causa de um cheio característico, umas gostam de ficar perto das outras, juntinhas.
Também ninguém ousa estimar, mas a população de um tal grupo de inseto em São Paulo é algumas vezes maior do que a própria população da capital, que já passou dos 10 milhões.
As baratas, entre as pragas urbanas, "é a menos preocupante", diz João Justi Júnior, pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo. A instituição, até quarta-feira, vai promover corridas de baratas em seu baratódromo.
"Os cupins são os que causam mais danos nas cidades, inclusive ao patrimônio histórico", diz Justi Júnior. As baratas, potencialmente, podem transmitir doenças também, porque elas carregam fungos e bactérias em suas patas. Algumas podem ser bastante graves, como, por exemplo, a meningite.
As formigas, pelo tamanho, também são mais prejudiciais à saúde humana dos que as baratas.
Para se defender desses insetos, diz o especialista, a saída é eliminar os quatro itens que formam o ciclo de vida das baratas. "Alimento, abrigo, água e acesso" são fundamentais para as baratas.
Por isso, tirar aquele lixo que fica na cozinha todos os dias, diz o pesquisador, é fundamental para evitar a visita desses insetos.
Outra dica: "Aquela padaria que tem uma daquelas baratas [de cores] mais claras sobre o balcão merece atenção". Com certeza, afirma ele, se a barata aparecer na luz no dia, ali, na frente de todo mundo, é porque existem muitas outras escondidas. A superpopulação acaba estressando esses bichos também, diz Justi Júnior.

FOBIA
As pessoas que também ficam muito estressadas com as baratas podem estar sofrendo de uma fobia. Assim como aquelas que têm medo de avião ou de cachorro.
Neste caso, a única saída é procurar realmente um psiquiatra para tentar a cura. "A fobia existe quando esse medo atrapalha a vida da pessoa", diz Tito Paes de Barros Neto, psiquiatra do Hospital das Clínicas da USP. "Para que isso ocorra, entretanto, a pessoa precisa se engajar no tratamento". Parte da cura passa por uma exposição ao problema.
O paciente entra em contato com fotos e baratas de plástico, por exemplo.


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