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Baratas tiram "racha" em alerta por higiene
Corrida acontece em SP até quarta-feira
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
Hábitos noturnos. Gosto
por bueiros e tubulações de
esgoto. Por causa de um
cheio característico, umas
gostam de ficar perto das outras, juntinhas.
Também ninguém ousa
estimar, mas a população de
um tal grupo de inseto em
São Paulo é algumas vezes
maior do que a própria população da capital, que já passou dos 10 milhões.
As baratas, entre as pragas
urbanas, "é a menos preocupante", diz João Justi Júnior,
pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo. A instituição, até quarta-feira, vai
promover corridas de baratas
em seu baratódromo.
"Os cupins são os que causam mais danos nas cidades,
inclusive ao patrimônio histórico", diz Justi Júnior. As
baratas, potencialmente, podem transmitir doenças também, porque elas carregam
fungos e bactérias em suas
patas. Algumas podem ser
bastante graves, como, por
exemplo, a meningite.
As formigas, pelo tamanho, também são mais prejudiciais à saúde humana dos
que as baratas.
Para se defender desses insetos, diz o especialista, a saída é eliminar os quatro itens
que formam o ciclo de vida
das baratas. "Alimento, abrigo, água e acesso" são fundamentais para as baratas.
Por isso, tirar aquele lixo
que fica na cozinha todos os
dias, diz o pesquisador, é
fundamental para evitar a visita desses insetos.
Outra dica: "Aquela padaria que tem uma daquelas baratas [de cores] mais claras
sobre o balcão merece atenção". Com certeza, afirma
ele, se a barata aparecer na
luz no dia, ali, na frente de todo mundo, é porque existem
muitas outras escondidas. A
superpopulação acaba estressando esses bichos também, diz Justi Júnior.
FOBIA
As pessoas que também ficam muito estressadas com
as baratas podem estar sofrendo de uma fobia. Assim
como aquelas que têm medo
de avião ou de cachorro.
Neste caso, a única saída é
procurar realmente um psiquiatra para tentar a cura. "A
fobia existe quando esse medo atrapalha a vida da pessoa", diz Tito Paes de Barros
Neto, psiquiatra do Hospital
das Clínicas da USP. "Para
que isso ocorra, entretanto, a
pessoa precisa se engajar no
tratamento". Parte da cura
passa por uma exposição ao
problema.
O paciente entra em contato com fotos e baratas de
plástico, por exemplo.
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