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São Paulo terá coleta de lixo aos domingos
Prefeitura contratou a Fipe para renegociar os contratos do serviço
Município vai contratar 2 empresas para varrer ruas e retirar entulho; população avaliará a qualidade do serviço
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
A coleta de lixo em São
Paulo, hoje feita de segunda
a sábado, vai passar a ocorrer
também aos domingos.
A prefeitura contratou a Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas) para
fazer os cálculos e renegociar
os contratos com as duas empresas -Loga e Ecourbis.
Não há prazo para a medida ser implantada, mas o secretário de Serviços, Alexandre de Moraes, diz que os estudos estão sendo feitos para
não aumentar o valor pago.
O motivo da medida, diz
Moraes, é evitar que o lixo fique ensacado nas ruas aos
domingos, especialmente
em período de chuva. O lixo
ajuda a entupir as bocas de
lobo e agrava as enchentes.
As duas empresas confirmam que estão estudando a
medida com a prefeitura.
Essa é a única mudança na
coleta, mas não nos serviços
de limpeza pública. A prefeitura vai contratar duas empresas para varrer as ruas,
limpar bocas de lobo e retirar
entulho na cidade toda.
A novidade desses contratos é que a população vai
avaliar a qualidade do serviço. Se a nota ficar abaixo da
média, as empresas terão
desconto no pagamento.
Hoje, a prefeitura fiscaliza
a realização do serviço, mas
não há indicadores técnicos
que permitam avaliar a qualidade do trabalho -se o serviço for deficiente, o município
não tem como cobrar uma
execução mais qualificada.
A consulta à população será a primeira experiência do
tipo na administração pública do país, adaptando o que
já ocorre em várias áreas da
iniciativa privada. É comum,
por exemplo, clientes de TVs
por assinatura receberem pedidos de avaliação da qualidade do serviço.
A novidade será introduzida na megalicitação de limpeza pública que a gestão
Gilberto Kassab (DEM) vai
lançar ainda neste semestre.
Paulo de Tarso Muzy, professor de avaliação de políticas públicas do curso de gerente de cidade da Faap
(Fundação Armando Álvares
Penteado), diz que a ideia é
boa, mas que a prefeitura
precisa estabelecer, já no edital da licitação, a metodologia da pesquisa para evitar
distorções do resultado.
INSTITUTO RENOMADO
Para evitar que as empresas montem estruturas próprias para fazer as pesquisas,
direcionando o resultado, a
licitação vai exigir a contratação de institutos independentes e renomados.
"Dependendo do resultado da pesquisa, a gente faz
um decréscimo na remuneração, que é para a população
fiscalizar mesmo", diz Moraes, também secretário municipal dos Transportes.
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