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SEGURANÇA
Grupo ajudou 5 detentos, um deles ligado à facção, a deixar presídio; em Vila Branca, Alckmin anunciou desativação de cadeia de Vila Branca
Polícia apura ação do PCC em fuga de presos
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma quadrilha armada com fuzis ajudou na fuga de cinco presos
da Penitenciária 2 do complexo
prisional Campinas-Hortolândia,
na madrugada de ontem. A ação é
atribuída pela Polícia Militar à
facção criminosa PCC (Primeiro
Comando da Capital).
Segundo a PM, eles conseguiram escapar sob a cobertura dos
supostos integrantes da facção,
que estavam do lado de fora da
penitenciária, em uma Blazer preta. Foi o primeiro resgate realizado no complexo neste ano.
Os presos fugiram após serrarem grades de celas do pavilhão
três, pularem um alambrado e
cortarem outro com alicate.
Das guaritas, os policiais chegaram a atirar contra os presos para
coibir a fuga. Mas o grupo que estava na Blazer também atirou. Em
meio à troca de tiros, só um dos
seis presos não conseguiu fugir.
A Folha apurou, com funcionários do sistema prisional, que pelo
menos um dos fugitivos, Roberto
Ventura, 37, era conhecido como
um dos líderes do PCC na prisão.
Segundo a Coordenadoria das
Unidades Prisionais da Região
Central do Estado, serão abertas
duas sindicâncias internas para
apurar o caso. Uma delas vai investigar a ligação dos fugitivos
com o PCC. A outra irá apurar o
possível envolvimento de funcionários da P-2 com a ação.
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária informou que os presos que foram resgatados ontem cumpriam pena
por crimes de roubo, homicídio e
receptação.
Desativação
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou
ontem a desativação, em dez dias,
da cadeia de Vila Branca, a mais
antiga e problemática unidade
prisional de Ribeirão Preto (314
km de São Paulo). O prazo começou a ser contado desde ontem.
A determinação do governador
ocorreu após uma série de denúncias sobre funcionários da unidade que concediam privilégios aos
presos -como a entrada de barris de chope, entrega de pizza e
drogas e, ainda, a permissão para
saída de detentos para praticar
crimes como homicídio.
Alckmin disse que os 258 detentos (números de ontem) de Vila
Branca serão transferidos para os
CDPs (Centros de Detenção Provisória) -os que ainda não foram condenados- e para penitenciárias -os já condenados-
da região.
A unidade de Vila Branca será transformada em uma cadeia feminina para 210 detentas.
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