São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2004

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PLANOS

Justiça limita reajuste em SP

Ministro ameaça "tirar empresas do mercado"

DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Saúde, Humberto Costa, ameaçou ontem as empresas de seguros e planos de saúde de "intervenção" e até de "tirá-las do mercado" caso insistam em aplicar reajustes acima dos 11,75% aceitos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.
"Vamos até as últimas conseqüências. Já estamos punindo, multando as empresas, mas, se for preciso chegar à intervenção ou até mesmo a uma situação que não queremos que aconteça -e não acontecerá-, podemos até tirá-las do mercado", afirmou.
Ao contrário do que disse o ministro, nenhuma das empresas foi multada até o momento.
A partir deste mês, seguradoras e planos de saúde aumentaram os preços dos planos antigos, os assinados antes de 1999, em até 85%. Baseiam-se em liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que suspendeu efeitos da legislação atual sobre esses contratos, como tetos anuais de reajuste determinados pelo governo -11,75% neste ano.
A Fenaseg (federação que representa as seguradoras) não quis comentar as declarações de Costa.
A Justiça de São Paulo decidiu limitar ontem a 11,75% os aumentos de 85% dos seguros-saúde da Itaú comprados antes de 1999. A medida vale apenas para o Estado de São Paulo.
A Bradesco Saúde, já atingida por liminar semelhante, informou que irá ressarcir, por meio de desconto no próximo boleto, todos os beneficiários paulistas que tenham pagado mais do que 11,75%. Já a SulAmérica informou que só terá o valor devolvido quem pagou a mais no período de vigência da sua liminar, que é de 13 de julho. (MARI TORTATO E FL)


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