São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2004

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Passa-Rápido na 9 de Julho tem trecho inacabado

DO "AGORA"

Um mês depois de o primeiro trecho do corredor do Passa-Rápido Nove de Julho/Santo Amaro ser aberto, as obras no local ainda continuam a ser realizadas.
Os corredores de ônibus, chamados de Passa-Rápido, estão entre os carros-chefes da campanha da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), à reeleição. O da Nove de Julho, que vai do Terminal Bandeira (centro) até a av. São Gabriel (zona sul), entrou em operação no dia 26 de junho. A idéia é fazer com que ônibus circulem numa faixa exclusiva, à esquerda, e que os carros trafeguem à direita. Não é isso que acontece.
O trecho que vai do Terminal Bandeira até a entrada do túnel Daher Elias Cutait está pronto. O que vai da r. José Maria Lisboa até a r. Groenlândia, no Jardim Paulista (zona oeste), continua em obras. As calçadas estão sendo quebradas para que os fios de luz passem por debaixo do piso.
"Com tanta obra, o trânsito está parado como era antes", disse o motorista José Carlos Godoy, 40.
Ao longo do trecho, os pedestres têm de andar no canto do asfalto. "Depois de ficar pronto pode até ficar bom. O problema é que, por enquanto, coloca em risco as pessoas, que podem se machucar", afirmou o médico Carlos Nascimento, 45.
Ao passar pela Nove de Julho na tarde de ontem, a aposentada Maria Antonia da Silva, 64, tropeçou em um pedaço de ferro que estava exposto numa calçada em obras, se desequilibrou e caiu. Por sorte, não se feriu. "Deviam deixar um pedacinho para gente passar."
Para evitar que os pedestres andem nas calçadas em obra, a CET instalou cones amarelos e fitas vermelhas indicando um pequeno trecho do asfalto por onde a aposentada deveria ter passado. "Fiquei com medo. Vai que algum carro me pega", disse.
Sobre as multas na avenida, há uma contradição: os marronzinhos dizem estar autuando motoristas que passam na faixa de ônibus, mas CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) nega.
Ontem pela manhã, uma escavadeira trabalhava em uma das duas faixas para carros. Com isso, alguns motoristas passavam na faixa exclusiva de ônibus.


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