São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

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Prefeitura dobra número de radares fixos

Tecnologia dos 40 novos equipamentos, que entram em operação em agosto, detecta veículos que infringirem o rodízio

Secretaria também vai pôr de volta nas ruas da cidade 40 aparelhos móveis que estavam com contratos vencidos


DO "AGORA"

A Prefeitura de São Paulo vai dobrar o número de radares fixos na primeira quinzena de agosto. Todos os 40 novos equipamentos vão contar com a tecnologia LAP (Leitura Automática de Placas), que permite detectar quem infringe o rodízio de veículos. Atualmente, ela está em 25 dos 40 aparelhos fixos.
Assim como fez com os radares móveis e as lombadas eletrônicas, a Secretaria Municipal de Transportes mais uma vez dispensou a licitação e decidiu fazer outro contrato emergencial. A pasta abriu um processo de licitação para a contratação de 175 radares fixos.
O edital, porém, está barrado no TCM (Tribunal de Contas do Município), que constatou irregularidades. O TCM também faz os mesmos questionamentos à pasta em relação aos radares móveis e às lombadas.
Para essa nova contratação, a secretaria afirma ter consultado 47 empresas, sendo que equipamentos de quatro delas -as que apresentaram os orçamentos mais baixos- estão sendo testados na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda (zona oeste), próximo ao CT (Centro de Treinamento) do São Paulo Futebol Clube.
Os motoristas que passarem por lá, mesmo que excedam o limite de velocidade ou estiverem infringindo o rodízio, não poderão ser multados, porque ainda não há autorização para eles funcionarem.

Radares móveis
A prefeitura também vai colocar, na primeira quinzena de agosto, 40 aparelhos móveis de volta às ruas da cidade. Eles estavam fora de operação desde a última semana de junho, quando foi encerrado o contrato com o consórcio que oferecia os equipamentos, e a prefeitura optou em não renová-lo.
O secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger, disse que a prefeitura vai gastar R$ 840 mil para ter os 80 radares em funcionamento, enquanto os 40 radares fixos existentes custavam mensalmente R$ 1 milhão.
"Fizemos uma economia no processo, fazendo uma consulta pública. Estamos pagando por 40 e levando 80", afirmou.
Sobre o uso de contratos emergenciais, Bussinger disse que a intenção da prefeitura "é licitar sempre", mas os contratos são renovados quando não é possível, segundo ele, dar continuidade aos processos.
O secretário disse ainda que, apesar de não ter feito licitação, tem consultado as empresas do ramo e escolhido as que apresentam o preço mais em conta, "mesmo não sendo obrigatório por lei". (GIOVANNA BALOGH)


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