São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2007

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Para Marta, crise aérea vai afetar turismo

Alex Britto/Vale Paraibano
Ministra do Turismo, Marta Suplicy, durante inauguração de uma escola de capacitação em Aparecida (167 km de São Paulo)

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM APARECIDA

A ministra Marta Suplicy (Turismo) afirmou ontem que a crise aérea, agravada depois do acidente com o avião da TAM na semana passada, vai gerar impacto negativo no turismo brasileiro.
Ela disse que ainda não possui, no entanto, números que mostrem a queda no setor.
"[O turismo] certamente vai ser afetado, mas ainda não temos números. Vamos ver quais vão ser os novos desdobramentos com o novo ministro da Defesa [Nelson Jobim], que terá novos poderes em relação ao seu antecessor [Waldir Pires]", afirmou, em Aparecida (167 km de São Paulo).
Ela esteve presente a inauguração de uma escola de capacitação voltada para o turismo, sem detalhar quais seriam os "novos poderes".
Um mês antes da explosão do Airbus-A320 em Congonhas, Marta deu, em uma entrevista, um conselho aos passageiros que enfrentavam dificuldades nos aeroportos do país: "relaxar e gozar".
A ministra, que chegou a pedir desculpas, foi alvo de críticas. A frase é usada até hoje pelos que dizem que falta seriedade por parte do governo para enfrentar os problemas no setor aéreo.
O agravamento da crise é acompanhado pela imprensa internacional. Ontem, sites de jornais como o espanhol "El Pais" e os norte-americanos "Los Angeles Times" e "New York Times" traziam reportagens sobre a substituição de Pires por Jobim no Ministério da Defesa e o caos na aviação civil.

Breve
Também presente ao evento em Aparecida, o presidente da CNTur (Confederação Nacional do Turismo), Nelson de Abreu Pinto, disse que a queda no movimento de turistas no Brasil, tanto nacionais quanto estrangeiros, é de 10% desde o agravamento da crise aérea. Para ele, porém, a situação deverá se normalizar em breve.
"Nesse momento, o turismo está, indiscutivelmente, sofrendo uma queda. As pessoas estão adiando as suas viagens de lazer e mesmo as companhias aéreas estão orientando as pessoas a fazer isso. A queda é da ordem de 10%, mas acredito que a situação voltará ao normal dentro de 15 dias", afirmou o presidente da CNTur.


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