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AMBIENTE
Prefeitura não sabe quantas unidades há na cidade; empresa contratada irá instalar 142 mil até março de 2003
Lixeiras de SP serão trocadas "no escuro"
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem ter nenhuma idéia de quantas lixeiras estão hoje instaladas na cidade de São Paulo ou de quantas delas ainda estão em condições de serem utilizadas, a prefeitura começa a colocar, neste mês, 142 mil novas unidades e espera, gradativamente, substituir todas as já existentes.
O custo da operação, que inclui
também higienização, manutenção e reposição das novas lixeiras
pelos próximos cinco anos, é de
cerca de R$ 26 milhões.
Ao término do processo, previsto para março de 2003, São Paulo
terá uma média de 94 lixeiras por
quilômetro quadrado da cidade
-relação bem superior à do Rio
de Janeiro, que tem hoje 50 equipamentos por quilômetro quadrado, e à de Curitiba (PR), onde
há nove lixeiras na mesma área.
Para traçar as diretrizes de instalação dos equipamentos -que
terão capacidade para comportar
50 litros de lixo cada um e começam a ser colocados no centro da
cidade e nos pontos de ônibus-,
o Limpurb (Departamento de
Limpeza Urbana) partiu do zero.
"Seguimos só dois critérios: colocar as lixeiras nos 5.000 quilômetros de vias atendidas pela varrição e buscar uma compensação
entre quantidade e preço", afirma
Gilson Lameira de Lima, diretor
do órgão municipal.
Ele diz que os parâmetros internacionais para distância máxima
entre as lixeiras variam entre 25
metros e 50 metros. "Mas, como
essas estimativas são muito genéricas, nós não as seguimos literalmente. No centro, por exemplo,
onde há um movimento maior de
pessoas, o intervalo pode ser até
de dez metros."
Segundo Lima, a falta de informação sobre a quantidade e o estado das lixeiras já implantadas
deve-se ao fato de muitas delas terem sido doadas ou compradas
de forma espaçada e de nunca ter
sido feita uma manutenção.
No decorrer do cronograma de
instalação, serão retirados os
equipamentos defeituosos ou que
estejam nos mesmo lugares ou
muito próximos aos novos. "Se
uma lixeira estiver em bom estado, sem atrapalhar a colocação
das novas, ela poderá ficar lá enquanto durar sua vida útil."
Na estimativa adotada pelo
Limpurb na licitação, vencida pela empresa Ecopav Construção e
Pavimentação, 15 de cada 100
equipamentos são destruídos por
ano. Todos eles deverão ser repostos pela contratada em até 48
horas a partir da notificação do
órgão municipal.
Para tentar inibir o vandalismo,
a prefeitura pretende fazer uma
campanha informativa. Cada lixeira terá impresso o telefone do
Limpurb, para que a população
possa denunciar eventuais irregularidades.
(MARIANA VIVEIROS)
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