São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 2002

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POLÍCIA FORA DA LEI

Ministério diz à OEA que não vai investigar Gradi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Justiça descartou ontem uma investigação da Polícia Federal sobre a atuação do Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância) no recrutamento de presos para ações de inteligência da Polícia Militar de São Paulo.
Em resposta a pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), o ministério diz que esse tipo de crime é de responsabilidade estadual e que o caso já está sob investigação do Ministério Público e do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A OEA recomendou a medida ao governo brasileiro na semana passada e a transferência de quatro condenados, ex-agentes do Gradi, de presídios estaduais para penitenciárias da União.
O ministério respondeu que os presos já estão sob proteção em um presídio de segurança máxima em São Paulo, e que não há penitenciárias federais no Brasil.
A organização foi acionada pelo deputado Orlando Fantazzini (PT-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, e por Hélio Bicudo (PT), vice-prefeito de São Paulo.
O esquema da PM paulista foi revelado pela Folha em 28 de julho. Policiais pediram autorização da Justiça para utilizar presos infiltrados na facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Por causa dessas ações, o Gradi é suspeito de tortura, homicídio e abuso de autoridade.


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