São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 2002

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MANAUS

Houve defeito em compressor

Vazamento de óleo em UTI intoxica três bebês

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A UTI Neonatal da Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus, está desativada desde a última quinta-feira, por causa de um vazamento de óleo queimado para o compressor que alimenta os respiradores de bebês recém-nascidos.
Onze bebês estavam em incubadoras da unidade quando o acidente ocorreu, na última terça-feira, mas só na quarta a equipe médica localizou o local do vazamento e transferiu as crianças para outros hospitais.
A Agência Folha apurou que óleo queimado liberou monóxido de carbono, que pode causar problemas respiratórios graves. "Três bebês podem ter respirado esse óleo queimado. Na hora do acidente, médicos e enfermeiros tiveram cefaléia [dor de cabeça", náuseas e vômitos", disse um funcionário da maternidade, que pediu para não ser identificado.
Os três bebês -dois prematuros e um de três meses- estão internados em estado grave.
Segundo laudo divulgado ontem pela médica Flávia Bivar, um dos bebês, com 11 dias de nascimento e 480 gramas, está sedado.
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nota afirmando que "a presença de óleo foi verificada pela engenharia da Maternidade Balbina Mestrinho na rede canalizada de ar comprimido, originado por defeito no compressor que abastece a unidade".
Na nota, a secretaria afirma que o compressor foi instalado pela empresa White Martins, em 1999. A empresa informou que deslocou uma equipe técnica a Manaus para analisar as causas do vazamento e para garantir o funcionamento da UTI.
Em 2000, o Ministério Público do Amazonas investigou as mortes de 437 crianças com até sete dias de vida na mesma maternidade, o principal centro de obstetrícia do Estado. Na ocasião faltavam equipamentos na unidade, como respiradores e mais incubadoras, segundo denunciou a pediatra Luíza Mendonça.


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